terça-feira, 10 de julho de 2012

O Covil do Terceiro



 Os aventureiros estavam na capital imperial de Valkária, e foram contratados pela milícia para investigar a pequena Vila de Hessanbluff, rumores indicavam que o povoado estava há algum tempo sem contato com a capital e cidades vizinhas. Após investigações foi descoberta uma lenda sobre um dragão chamado Corieth, e foi confirmado que o mesmo teria morrido pelas “mãos” de aventureiros anos atrás.
 A Sociedade do Eterno seguiu rumo até Hessanbluff enfrentando o frio do Inverno do meio-ano artoniano. Na maior parte do tempo o caminho era estreito pedregoso, claramente um antigo leito de rio. Velhas árvores quebradas denunciavam a passagem das águas, que os heróis tiveram o desprazer de observar após uma forte chuva, fora o clima estava tudo tranquilo até que chegando próximo ao povoado o grupo foi atacado por um bando de kobolds.
 Enfim na vila, os heróis são recepcionados com muita desconfiança dos moradores locais. Vozes silenciam. Portas e janelas são fechadas. Crianças são levadas para dentro. Olhares diretos são evitados.
 Após realizarem um reconhecimento visual superficial, os heróis vão para o Martelo de Khalmyr, a única taverna e estalagem do povoado. Chegando lá são recebidos por uma jovem de óculos e roupas de um nível um tanto o quanto superior para os padrões da cidade. A jovem de nome Talanya trabalha na taverna com Korvarimm, o anão cozinheiro e dono do lugar.
  Durante a noite o grupo é acordado por um fantasma no corredor, que na verdade era uma ilusão conjurada por Talanya através de um pergaminho de imagem silenciosa. Sem opções o anão conta a verdadeira história que a cidadela carrega.
 ‘Após a morte do Dragão Corieth, a cidade estava indefesa, porque depois de tantos anos pagando tributos e sendo “protegida” pelo dragão, a cidade não sabia como se defender e foi alvo fácil de hobgoblins e outras criaturas. Eles roubavam o que conseguiam e deixavam um rastro de corpos para trás. Entre eles estavam os pais de Enora. A menina foi criada por um clérigo de Khalmyr não muito afetuoso, ela cresceu amargurada e ressentida, sendo humilhada pelas outras crianças, e sempre dizia que se Corieth estivesse vivo nada disso teria acontecido, com isso ganhou o apelido de mulher-dragão. Certa noite Enora caminhava desesperada pela floresta e alcançou o antigo covil do dragão, entrou na caverna e sobre seus ossos pediu vingança... Kallyadranoch ouviu ofereceu poder e ela aceitou. O clérigo foi a primeira vítima, seguido das garotas que zombavam de Enora. Atualmente ela vive no antigo covil, onde ergueu um templo em homenagem a Kally e governa a vila ordenando eventuais sacrifícios e coordenando as patrulhas de kobolds. ’

 A partir daqui é o que vocês imaginam mesmo, os heróis atravessaram a floresta e adentraram no Covil do Terceiro. A única surpresa é que um dragão é uma das criaturas mais poderosas existentes, Corieth está morto, mas não esquecido. Sua memória ainda permeava o lugar, e apenas isso já bastava para amedrontar o mais corajoso dos heróis. Por fim, superar que o dragão não era real e derrotar a clériga para libertar a vila de Hessanbluff foi concluído com êxito.

O Covil do Terceiro é uma aventura que saiu junto com o Escudo do Mestre de TRPG, ela é um material para novos jogadores, por isso seu baixo nível, e também para veteranos, pelas suas novas regras com poderes concedidos de Kally, o modelo meio-dragão  e um histórico para introduzir o Terceiro no contexto atual de Arton.
Contém trechos da própia aventura, a imagem superior foi disponibilizada gratuitamente pela Jambô, e a inferior é de autoria deRafael Françoi, ilustrador da aventura em si. Roteiro de Marcelo Cassaro e Direção Geral de Guilherme Dei Svaldi.