Gyodai parecia distante, em transe, a mente fundida com o tormenta. Seus olhos ardiam com o reflexo da tempestade, como se estivesse prestes a devorar o próprio céu
Kobta, sempre bufão e cruel, saltava em acrobacias que mais lembravam um ritual macabro. Seus reflexos ilusórios se multiplicavam, como se várias sombras famintas rodeassem o campo, prontas para dilacerar.
Beleg, em silêncio, ergueu a garrafa. A poção de velocidade queimou suas entranhas, e a de concentração fez seus olhos arderem como carvões em brasa. Quando exalou, parecia um predador arqueando o corpo para disparar morte.
Jalin ergueu sua voz e cortou o ar como uma lâmina.
— O fígado do lagarto trovão será de Gyodai!
A sentença caiu sobre nós como maldição. Sua capa ondulou, viva, e a pistola rugiu. O projétil entrou no flanco colossal de Batham e explodiu sangue em jatos grossos, tingindo árvores próximas. A criatura rugiu, o som quebrando o ar, mas resistiu à adaga mental que tentou dilacerar sua mente.
Gyodai não esperou. Bebeu a poção, ativou a tatuagem. Seu corpo se dilatou, músculos inchando até as veias rasgarem a pele. O Punho de Mitral brilhou prateado, e quando atingiu Batham, não foi apenas um soco — foi um terremoto. Ossos imensos estalaram, dentes de marfim foram cuspidos junto de sangue viscoso.
Bolgg, tomado pela poção divina, se agigantou ainda mais. Veias saltavam como cordas sob sua pele monstruosa. Empunhando a espada executora, desceu o aço sobre Batham e abriu um sulco profundo no ombro da besta. O golpe cortou tendões, e a pata dianteira pendeu mole, quase arrancada. O brontossauro urrava, a carne se dilacerando em fitas.
O Grande Batham reagiu. Ergueu-se em duas patas e desabou sobre nós. O impacto abriu crateras no chão. Kobta foi esmagado contra o solo, ossos trincando com estrondo. Jalin voou pelos ares, cuspindo dentes misturados com sangue. A cauda varreu o campo como guilhotina, atingindo Bolgg no peito. O impacto foi tão violento que costelas se partiram, a carne abriu, mas ele se manteve de pé — um colosso ensanguentado que recusava cair.
Beleg disparava. Suas flechas cortavam o ar como estiletes, entrando no corpo da besta e saindo do outro lado em borrifos carmesins. Uma atingiu o olho do Batham, estourando-o em gosma quente que escorreu como lava.
Kobta, gemendo, levantou-se das sombras. Saltou sobre a pata ferida e afundou sua lâmina entre as juntas, rompendo ossos e rasgando veias grossas como cordas. O sangue jorrou, cobrindo-o da cabeça aos pés.
Jalin retomou o fôlego e sua adaga mental mergulhou na mente do colosso. O Batham cambaleou, ensandecido, olhos revirando-se nas órbitas enquanto sua consciência se despedaçava.
Era a brecha.
Gyodai, multiplicado em braços, socava como uma enxurrada de martelos. Cada golpe arrebentava escamas, triturava ossos e fazia a carne abrir em crateras sangrentas. O peito do Batham afundava sob o bombardeio, pulmões colapsando, costelas estourando para fora em lascas ensopadas.
Bolgg, arquejando, ergueu a espada executora mais uma vez. A lâmina brilhou na chuva e desceu num arco monstruoso. O golpe atravessou carne, nervos e metade do pescoço da criatura. O sangue jorrou como uma cachoeira rubra, encharcando todos nós. O brontossauro tentou rugir, mas a garganta aberta só deixou escapar um gorgolejo horrível.
O titã tombou. Seu corpo colossal sacudiu a terra, árvores se partiram com o impacto, e o silêncio só foi quebrado pelo som de seu sangue formando um rio vermelho.
Thrak’Zul não perdeu tempo. Como um açougueiro macabro, enfiou as mãos e lâminas nas entranhas. Rasgou a barriga de Batham de cima a baixo, e o vapor quente das vísceras encheu o ar. O coração pulsava ainda, cada batida cuspindo sangue grosso; o fígado reluzia com energia do trovão, faiscando como metal em brasa.
Gyodai espalhou sua secreção cicatrizante sobre os aliados, e a dor foi insuportável. A carne se fechava rangendo, os músculos queimavam, e todos vomitavam enquanto as feridas se fechavam à força.
No centro do círculo ensanguentado, Thrak’Zul ergueu os órgãos sagrados.
— Sangue pelo sangue. Carne pela força.
O coração latejante foi entregue a Bolgg, que o devorou com as mãos ainda sujas, o peito manchado até os cotovelos. O fígado faiscante foi dado a Gyodai, que o engoliu enquanto o trovão rugia, seu corpo tremendo como se fosse arrebentar.
O céu explodiu em clarões. E naquele momento, ficou claro: não eram mais apenas aventureiros. Eram monstros maiores que o próprio Batham.
Texto por Roberto Oliveira.
Revisão por Leandro Carvalho.
Imagens geradas pelo IA sob responsabilidade de Roberto Oliveira.
Adoro quando Gyodai chupa meu pescocinho, dá até um arrepio... Uii!!!
ResponderExcluirBom momento para este grupo se firmar. Espero que tenham mais sincronismo com os novos integrantes. Usem as lutas seguintes para se ajustarem.
ResponderExcluirBato minhas asas lendárias sob os céus de Galrasia para lhes trazer bons combates. Espalho meus alpistes sob a terra que vocês caminham para que trilhem o trajeto da vitória. Deixem me orgulhosos aventureiros, seguirei voando brilhando em cores multicoloridas até encontrar meu ninho no grande panetone.
ResponderExcluirComo esse santos da segunda divisão perde de 6x0 pro Vasco e empata com o poderoso fluminense pós mundial de clubes?
ResponderExcluirNão existe criatura S.T.O.P.S urubu. Existe até pássaro clubista e com viés eleitoral. Mas urubu não, falta de representatividade. Não vai pro Oscar quando virar filme
ResponderExcluirEu deixarei saudades por algum tempo. Mas saibam, que eu voltarei. Parabéns ao meu companheiro de corrida o Professor Carvalho 🍁. Dizem que o controlador deles não vencia uma Fórmula Stops desde Mika Hakkinen, quando. Schumacher verdadeiro ainda estava nas pistas...
ResponderExcluirBoa sorte ae galera
ResponderExcluirUé, achavam que eu ia falar de outra coisa?
Bolgg precisa de fígado também, lute pelos seus direitos bárbaro
ResponderExcluirEu teria matado TekZul e pego o fígado depois do ritual
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