segunda-feira, 20 de outubro de 2025

🐉 As Serpes de Megalokk

 



As Serpes estavam diante de nós — sombras aladas recortando o horizonte abrasador, seus rugidos ecoando como trovões profanos. Gyodai permanecia imóvel por um instante, perdido nos devaneios da Tormenta, com os olhos tingidos de rubro e insanidade. O ar ao seu redor tremia.

Kobta — ou melhor, os Kobtas — se movem em perfeita sincronia. Um quinteto de sombras reptilianas, cada um empunhando uma pistola prateada. Ele engole uma poção de velocidade, e seu corpo parece dobrar o tempo ao redor. As vozes sussurram o mesmo feitiço, preparando uma firula inspiradora que mais parece um balé da morte. As pistolas disparam em sequência — PÁ! PÁ! PÁ! — e uma das Serpes ruge ao ser perfurada no ar, sua carne chamuscada por pólvora mágica.

De repente, o chão se rasga.

Surge Cerianthar, um monstro abissal com uma bocarra que mais parece um abismo vivo e tentáculos retorcidos como raízes infernais. Ele ataca Kobta com fúria, mas os kobolds ladinos se espalham como ecos. Um deles ergue o Escudo da Fé, e a explosão mística rebate os tentáculos, queimando-os com luz sagrada.



Outro Cerianthar emerge ao lado de Sir Finley, agarrando-o com um golpe que faz o ar escapar de seus pulmões. Um dos tentáculos crava na perna direita do tabrachi, rasgando carne e deixando um rastro de sangue escuro e escaldante. Finley, mesmo contorcendo-se de dor, reage — a língua dispara como um chicote vivo, perfurando o olho do monstro e espalhando um líquido espesso e fétido.

Enquanto isso, Anastásia ergue seu tomo necromântico, e o ar muda. Uma onda fria percorre o campo de batalha. Com um gesto, ela lança Amendontrar — e o medo se espalha como uma doença. As Serpes hesitam, tremendo sob o poder da necromante. Logo, uma névoa espessa envolve o grupo, ocultando aliados e confundindo os inimigos.

As Serpes atacam.

Uma delas crava o ferrão em Finley — o veneno escorre, mas o tabrachi range os dentes e resiste. Kobta gira entre disparos e fumaça. As balas mágicas cortam as asas de uma Serpe, e ela despenca em meio a gritos estridentes.

Glomer, sempre imprevisível, arremessa uma de suas bombas artesanais. A explosão consome uma das Serpes, que cai ardendo em chamas verdes.

Do alto, surge uma nova presença.

Uma Serpe Anciã — enorme, majestosa e hedionda. Suas escamas brilham com luz corrosiva, e seus olhos revelam a mente fria de uma fera criada por Megalokk.

Gyodai desperta.

O lefou rosna, as veias rubras pulsando com energia da Tormenta. Ele salta dimensionalmente, surgindo ao lado de Sir Finley e o arrastando para longe dos tentáculos do Cerianthar. Um campo de força se ergue, faiscando contra os golpes grotescos.

Kobta, sem hesitar, gira suas pistolas e dispara seu ataque especial. Três tiros ecoam em harmonia — um em cada coração que a Serpe possuía. O monstro se contorce e desaba.

Mas o campo de batalha continua vivo.

Tentáculos golpeiam, fogo cai do céu, e a névoa brilha com energia necromântica.

Finley, com a perna ferida, avança mancando e acerta o Cerianthar com um golpe preciso de seu chicote envenenado, quebrando um dos tentáculos.

Anastásia conjura Mente Divina em Massa, e a clareza invade nossas mentes. Em seguida, o Manto das Sombras cobre a conjuradora, a em silhuetas etéreas.

As Serpes rugem, despejando ácido sobre nós. Kobta salta e rola, escapando com a leveza de uma folha. As gotas que tocam o chão fumegam e derretem a pedra.

Gyodai, em fúria, ativa Velocidade e Armamento da Natureza. Seus múltiplos braços se movem como lâminas carmesim, golpeando o Cerianthar até atordoá-lo, rasgando-lhe a bocarra em duas.

Kobta dispara outra sequência — três tiros precisos, e mais uma Serpe despenca, quebrando as asas em queda.

Finley finaliza o Cerianthar atordoado com um estalo de chicote que o corta ao meio.

Então, a Serpe Anciã avança.

Anastásia ergue sua varinha e conjura Metamorfose. Num lampejo grotesco, a fera se retorce e se transforma — penas negras surgem onde havia escamas. Uma galinha preta gigante cacareja em desespero.

Outra Serpe é cegada pela Escuridão e ataca às cegas, errando Glomer por um fio.

Gyodai agarra a “galinha anciã”, e seus golpes caem como martelos, quebrando ossos, esmagando asas, e tingindo o chão de sangue. Kobta dispara, Sir Finley chicoteia com crueldade, e Anastásia invoca um Miasma Mefítico que apodrece o ar.

Com um último golpe, Gyodai derruba a galinha anciã inconsciente.

Kobta dispara uma última salva de tiros, e Sir Finley finaliza a Serpe restante com uma chicotada que ecoa como um trovão. Silêncio.



Mas o silêncio não dura.

A galinha anciã começa a brilhar, deformando-se de volta à sua forma dracônica. Com um rugido que sacode o solo, ela se liberta e voa aos céus, como se retornasse à vontade de Megalokk.

Uma luz brilha sobre nós — não de bênção, mas de recompensa brutal. A energia da fera se dispersa, restaurando nossa força e mana. Uma dádiva involuntária do deus dos monstros.

Enquanto removemos o veneno das feridas, Gyodai se aproxima de Schaven, observando-o de longe, mas com voz firme:

“Que tipo de habilidaddes tem o seu irmão, o barão de Tyros?”

Schaven o encara com um meio-sorriso.

“Um estudioso. Mas… um estudioso do tipo perigoso. Um arcanista muito dedicado.”

Gyodai fecha o punho, e as runas rubras brilham sob sua pele.

A próxima batalha — uma guerra de feitiços e poder arcano — já se anuncia no horizonte.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas por IA por Rafael Soares. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Estrada das Crias de Megalokk

 



Seguimos pela estrada poeirenta rumo ao feudo de Tyros, sob o sol impiedoso de Sckarshantallas. O vento seco carregava o cheiro de ferro e enxofre — um presságio. As terras pareciam amaldiçoadas, pois a cada milha, novas crias de Megalokk, o Deus dos Monstros, emergiam do nada. Nenhum de nós cogitou recuar. A estrada era um campo de provação, e nós, os Cobra Véia, a lâmina que resistia ao caos.

O chão estremeceu. Do pó, ergueram-se os Oxxdon — aberrações de escamas e quitina, parte lagarto, parte gafanhoto, com antenas faiscantes e caudas bifurcadas que zumbiam com energia elétrica.

Gyodai avançou primeiro. Um rosnado gutural ecoou em sua garganta enquanto conjurava Névoa da Tormenta, obscurecendo o campo e confundindo os inimigos. Seu corpo pulsava com energia viva — a tatuagem de Armamento da Natureza brilhou como lava sob a pele. Um dos Oxxdon investiu contra ele, mas o lefou ergueu um escudo arcano que crepitou sob o impacto.

Sir Finley, com frieza de assassino, embebeu seu chicote em Peçonha Concentrada e essência de sombra. O som do couro cortando o ar foi seguido por um estalo seco — o golpe certeiro atingiu um ponto vital, e o monstro contorceu-se em dor enquanto sangue elétrico jorrava, faiscando no chão.

A resposta foi brutal: uma onda eletromagnética se espalhou em todas as direções. O ar cheirava a ozônio e carne queimada. Gyodai se protegeu com um novo campo de força, enquanto as faíscas carbonizavam o solo à sua volta.

Tomado pela fúria da Tormenta, Gyodai ativou Empunhadura Rubra e Visco Rubro. Suas veias brilharam em vermelho incandescente, e seus múltiplos braços se moveram em um frenesi impossível. O lefou lançou Concentração em Combate, depois Punho de Mitral — seu punho brilhou como aço vivo ao atravessar a carapaça do Oxxdon. O impacto fez a criatura tremer, cuspir sangue negro e cair em pedaços fumegantes. A manopla de Gyodai se desintegrou sob o esforço, reduzida a cinzas.

Kobta entrou na dança, disparando suas três pistolas em sequência. Cada tiro era uma nota em uma sinfonia de destruição. As balas perfuraram o abdômen do Oxxdon restante, arrancando-lhe jorros de líquido ácido.

Sir Finley continuou seu massacre, girando o chicote envenenado como uma serpente faminta. Ao lado dele, Gyodai conjurou mais uma vez o Punho de Mitral, enquanto o chão vibrava com a energia pulsante das ondas eletromagnéticas. O lefou riu, desprezando a realidade, ignorando o próprio sofrimento e o caos à sua volta.

Kobta manteve-se à distância, disparando metodicamente para evitar o campo elétrico. Quando uma descarga se aproximou, ergueu o Escudo da Fé, protegendo Gyodai em um lampejo de luz divina.

Sir Finley não hesitou — seu golpe Assassinar atingiu o pescoço de outro Oxxdon, arrancando-lhe a vida num espasmo convulsivo. O corpo caiu, e logo quatro novas criaturas emergiram do solo rachado, acompanhadas de um colosso: o Oxxdon Alfa, reluzindo como uma estátua viva de ferro e relâmpago.

Mas Anastásia interveio. Seus olhos brilharam com magia necromântica, e com um gesto frio ela lançou Metamorfose — o gigante tremeu, gritou... e diante de nós, restou uma ovelha. Uma ovelha monstruosa, desorientada, inofensiva em seu desespero.

Gyodai não perdeu tempo. Avançou como um furacão de membros e socos, esmagando ossos e carne. O chão se tingiu de sangue e peles carbonizadas. Kobta aproveitou a brecha, disparando contra os demais Oxxdon, enquanto Sir Finley chicoteou a pobre criatura transformada, o chicote doutrinador estalando com precisão cirúrgica. O golpe final arrancou-lhe um último grunhido de dor antes que o corpo tombasse inerte.

Anastásia ergueu as mãos novamente — Infligir Ferimentos — e a última criatura caiu, seu corpo retorcido e consumido por trevas.

O silêncio se fez. O cheiro de ozônio e carne queimada tomava o ar. Recuperamos as forças com poções, essências de mana e o viscoso muco revigorante de Gyodai. As feridas se fecharam com dor, as bolhas de queimadura ainda latejando.

Seguimos adiante, cambaleantes mas determinados. Ao longe, o horizonte tremeu — asas. As próximas crias de Megalokk se aproximavam. As Serpes haviam nos encontrado.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas por IA por Rafael Soares. 

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Chamas de Uraghian




Sem conseguir a atenção dos nobres de Sckarshantallas — graças às interferências da maldita capitã Alurra — os Cobra Véia voltaram seus olhos a outra oportunidade. Um acordo foi fechado com Schaven: eles cobrariam as dívidas de Thalliathos, barão de Tyros e irmão do contratante. Missão aceita, marcharam por terras áridas e hostis, até que o chão começou a tremer. Das fendas rochosas, emergiram as abominações conhecidas como Uraghian, crias monstruosas de Megalokk, tão grandes quanto casas e com traseiros flamejantes que exalavam morte.

Anastásia ergueu sua névoa protetora como um véu sombrio sobre o grupo. Kobta, com um sorriso insano, puxou suas três novas pistolas e abriu fogo em sequência. O estampido ecoou no deserto e as balas trespassaram o exoesqueleto da formiga titânica, jorrando um fluido verde e quente no chão rachado.

Gyodai, envolto por energia rubra da Tormenta, concentrou seu poder em um único golpe — o Punho de Mitral — que cintilou como uma lâmina viva, pronto para dilacerar qualquer coisa em seu caminho.

A resposta veio em forma de inferno. O Uraghian ergueu o corpo colossal e, com um movimento grotesco, apontou o abdômen incandescente diretamente para os heróis. Um jato de fogo abrasador explodiu, engolindo o campo de batalha em um mar de chamas. Gyodai e Anastásia ergueram barreiras mágicas no último segundo; Finley e Kobta rolaram pelo chão para escapar do fogo, sentindo o calor arrancar-lhes a pele em bolhas ardentes. Glomer não teve tanta sorte — o fogo lambendo-lhe o flanco e deixando carne chamuscada e ossos à mostra.

Em resposta, Glomer, tomado pela dor, puxou suas bombas com mãos trêmulas e as lançou aos gritos. As explosões sacudiram a criatura, espalhando pedaços incandescentes de seu corpo no ar.

Sir Finley, com a frieza de um carrasco, mergulhou sua lâmina em essência sombria, bebeu uma poção de duplicação ilusória e começou a estudar os movimentos do inimigo, cada passo calculado para o golpe fatal.

Anastásia tentou transformar a fera com magia profana, mas a monstruosidade resistiu com pura força bruta. Kobta voltou ao ataque — tiros rasgaram o ar e perfuraram o abdômen flamejante — até que o Uraghian explodiu em várias aberrações menores, todas ardendo em fúria.

Gyodai, tomado por uma fúria primordial, invocou velocidade sobrenatural e, com seus múltiplos membros, esmagou o crânio de uma das criaturas, espalhando carapaça e sangue fervente ao redor.

As demais se fundiram novamente em um único bando colossal. O jato de fogo seguinte varreu o campo. Finley escapou por um triz, Kobta desviou com maestria — ainda que as chamas lhe arrancassem pedaços de couro —, e Glomer gritou de agonia ao sentir os ossos crepitarem sob o calor.

Sir Finley respondeu com um chicote cruel e uma estocada de língua que perfurou o corpo do monstro. Anastásia ergueu um manto de escuridão que engoliu a arena, dificultando os movimentos do inimigo. Kobta engoliu uma poção e sentiu a carne se recompor em meio ao cheiro nauseante de queimado.

Então, Gyodai invocou o poder da Tormenta e usou Desprezar a Realidade — movendo-se entre os planos como uma sombra viva. Seus golpes múltiplos cortaram o ar e rasgaram a carne da criatura, que tentou contra-atacar... mas só acertou o vazio. O fogo voltou a jorrar, chamuscando o grupo inteiro e deixando a pele de todos marcada por feridas abertas e bolhas fumegantes.

Glomer retaliou com ácido, derretendo parte de abdômen flamejantes. Finley chicoteou as feridas abertas, arrancando guinchos das critaturas. Kobta disparou rajadas incessantes com suas pistolas, abrindo crateras fumegantes nas carapaças.

Por fim, o bando de Uraghian soltou um grito horrendo — e explodiu em um mar de sangue fervente e fragmentos carbonizados. A poeira assentou, e o silêncio se fez.

Cobertos de cinzas e queimaduras, os heróis cambalearam. Gyodai estendeu suas mãos deformadas e liberou sua Secreção Cicatrizante — uma cura grotesca e viscosa que fechou feridas ao custo de ânsias violentas. Os Cobra Véia cuspiram bile e sangue… mas estavam vivos. E, naquele deserto queimado, sua vitória era absoluta.


Nota: a criatura expele um jato corrosivo pela boca e não por outras partes do corpo.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas pelo Copilot.

terça-feira, 30 de setembro de 2025

O Dia do Tributo




O grupo chegou a Gallistryx, capital de Sckharshantallas, o Reino do Dragão de Fogo. A cidade impressiona com sua arquitetura grandiosa em pedra vulcânica, toda dedicada ao soberano: esculturas dracônicas adornam os prédios públicos, enquanto comerciantes vendem estatuetas e artefatos temáticos. Sob um céu coberto de fuligem que tinge tudo de cinza-avermelhado, os habitantes vestem vermelho com orgulho e formam longas filas para entregar oferendas ao rei.

Vindos de Tyros — feudo protegido pela imponente Muralha e acostumado a conviver com monstros há gerações — os aventureiros descobriram que a entrada aérea no reino é proibida pela guarda de Sckhar, sendo necessário atravessar as fronteiras por terra.

Apresentando a Tiara de Beluhga como credencial, o grupo conquistou um convite para o jantar real. Durante três horas de festividades, os heróis causaram boa impressão na elite do reino, mas o destaque foi todo para a Capitã Alurra, que recebeu a graça especial do Dragão-Rei antes mesmo da festa.

Agora, o desafio é convencer algum aristocrata local a apoiar o plano de ativar o artefato Parvatar. 



Texto e revisão por Leandro Carvalho. 

Ferramenta utilizada, Claude IA.

Imagens geradas pelo Copilot.


quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Revoada de Serpes



Gyodai era um turbilhão de emoções — alegria, ódio e confusão se misturavam ao rever seu verdadeiro mentor: Anastásia. O disfarce de Piatagóras havia caído, revelando a necromante em toda sua glória macabra. As memórias enevoadas pela tormenta não o deixavam distinguir o passado do presente, mas uma coisa era clara: os Puristas haviam corrompido sua mestra, e por isso ele desejava sangue e vingança.

Glomer, após longo hiato e ocupar seu tempo em suas engenhocas, se coloca à disposição para viajar para Sckarshantallas.

Gyodai tentou barganhar com Raisenzan, sugerindo que, com a recompensa certa, poderia ocultar o fato de a tiara ter vindo do próprio dragão. Raisenzan, porém, riu com desdém e recusou, afirmando que não se importava se dissessem que ele a havia encontrado, contrariando o que ele disse mais cedo, que é um dragão muito jovem para morrer e não pode se apresentar em Sckarshantallas. Enfim... O dragão revelou ainda que vários artefatos da deusa Beluhga estavam espalhados por Arton. Diante disso, Gyodai declarou que marcharia para Sckarshantallas com coragem, disposto a provar seu valor. Agora, com Anastásia ao seu lado, sua determinação ardia ainda mais forte.

*Kobta conversa entre os kobolds para traçar suas próximas estratégias e revezam entre si, quem vai ficar por cima, quem fica por baixo, quem vai ser o braço que balança a espada... Entre olhares cúmplices e cutucões, cochichos, risadinhas eles completavam seu rodízio, digno da astúcia de seu povo*

Sir Finley eleva sua voz e diz que ele irá para o reino do dragão com eles. Carregando consigo diversos igredientes como ovos de Cocatriz, Anástácia consola seu filho Gyodai e diz que agora eles juntos são invencíveis. Ela mostra suas novas habilidades e como necromante, conjura servos mortas-vivos para seus aliados.

Quando o grupo chega às terras abrasadoras de Tyros, o sol de Azgher castiga todos, queimando suas forças e derretendo sua esperança. É então que a sombra toma o céu: uma revoada de Serpes — wyverns de escamas negras e ferrões venenosos — mergulha em direção ao grupo, liderada por dois ginetes armados até os dentes. O chão treme com o bater de asas. O cheiro de veneno e carne podre se espalha no ar.


*A batalha começa.*


Os Serpes mergulham como lanças vivas, e Sir Finley é o primeiro a sentir o impacto: presas se cravam em sua carne, rasgando sua pele e deixando-o ensanguentado. Ele é erguido no ar, debatendo-se como uma presa prestes a ser devorada. A cada ferrão que o atravessa, sua pele adquire tons de roxo, o veneno queimando suas veias por dentro.

Kobta se disfarça em ilusões espelhadas, dezenas de cópias rodopiando em meio à poeira e ao calor, confundindo os inimigos. Mas seu truque não o impede de sentir o cheiro ferroso do sangue de Finley escorrendo no chão.

Gyodai, após ficar perdido nos devaneios da tormenta, desperta em fúria. Seus olhos brilham com o poder caótico e seus membros se alongam grotescamente, como garras de um pesadelo vivo. Ele agarra os ginetes montados nos Serpes e os esmaga contra o ar, ossos estalando sob sua força desumana. *“Desprezar a Realidade”*, ele sibila, enquanto a tormenta se contorce ao seu redor como um manto de caos.

Anastásia ergue as mãos e uma névoa sufocante envolve a batalha. Sob seu comando, os mortos se erguem em meio às areias ardentes. Ossadas rangem, crânios flutuam, e o medo se espalha entre as feras aladas. Com uma voz gélida, ela lança *Amendrontar* — e até os Serpes, monstros predadores de sangue, recuam em terror.

Mas a revoada ainda ataca Sir Finley com selvageria, cravejando seu corpo de ferrões venenosos. *O homem-sapo urra de dor, escorrendo baba misturada a sangue, lutando para não ser rasgado em pedaços.*

Então, Kobta e Gyodai unem forças em um golpe devastador. *Kobta imitando o antigo aliado Travok cria um onda cortante de energia atravessa o céu através de seu ataque especial, dilacerando as asas de várias feras.* Sangue negro cai como chuva quente. Gyodai se lança sobre a revoada, braços múltiplos esmagando crânios e rasgando asas em pedaços*

Sir Finley, à beira da morte, reúne suas últimas forças. *Com um giro desesperado, ele escapa e ataca com seu chicote envenenado em mãos e língua disparada como uma lança, ele acerta um dos ginetes no pescoço, atingindo-lhe num estalo grotesco. Gyodai finaliza com seu Punho de Mitral, ossos e sangue explodindo em uma chuva carmesim.*

O último ginete tenta fugir, bem debilitado após o golpe de Kobta, mas Anastásia não permite: um Crânio Voador o atinge em cheio, seguido do miasma pútrito sem piedade que devora sua carne até que cai inerte ao chão.

A revoada foge com medo pois seus mestres haviam caído.

Por fim, o silêncio retorna. O ar cheira a carne queimada, veneno e morte. Gyodai e Sir Finley extraem dos cadáveres o precioso veneno das criaturas, enquanto Kobta limpa o suor e Anastásia absorve a energia necromântica dos corpos ainda quentes.

O grupo, exausto, procura abrigo sob o sol escaldante, carregando nos olhos o reflexo de uma batalha selvagem onde a vida esteve por um fio — e o sangue jorrou como chuva sobre Tyros.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagem gerada por IA pela MetaIA. 

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Raagorans Famintos

 


Das sombras da mata surgem os Raagorans, dinossauros famintos e de olhar assassino.

Beleg ergue o arco e dispara uma flecha certeira. O projétil perfura o olho de um dos monstros e atravessa até o cérebro, fazendo jorrar sangue quente pelo focinho escamoso.

Gyodai, impulsionado por asas grotescas, voa até as criaturas. Com a magia da velocidade pulsando em seus músculos, estende seus múltiplos braços e agarra os dois dinossauros, esmagando costelas sob a pressão titânica.

Jalin ergue a voz em uma apresentação brutal, incitando coragem e fúria em seus aliados.

Kobta gira sua arma em um espetáculo hipnótico, ergue espelhos ilusórios de si mesmo e invoca o Escudo da Fé sobre Gyodai.

Bolgg, a encarnação da fúria, finca sua espada executora contra o peito de um Raagoran, rasgando carne e expondo vísceras em um corte profundo.

Os dinossauros urram em desespero, tentando se libertar de Gyodai, mas falham. Um deles morde o guerreiro alado, rasgando apenas a superfície de sua pele — a magia de Kobta segura o impacto.

Beleg dispara mais flechas. Uma delas atravessa a garganta de um Raagoran, dilacerando a traqueia, mas outra, perdida no caos, crava no ombro de Gyodai.

Furioso, Gyodai explode em um soco remoto que quebra ossos e espalha sangue em um arco grotesco. Ainda assim, sua pressa abre uma brecha, e ele é forçado a erguer seu escudo arcano, reforçado pela fé de Kobta.

Jalin lança uma adaga mental que invade a mente de um dos répteis, deixando-o atordoado e babando espuma carmesim.

Kobta, em um salto giratório, finca sua lâmina no ponto fraco do pescoço da fera. O golpe atravessa a coluna vertebral e o Raagoran desaba morto, cuspindo jorros de sangue.

Bolgg avança como uma besta indomada, rasgando o flanco do outro dinossauro com sua espada — a lâmina arranca músculos e expõe o coração ainda pulsante.

Ensanguentado e debilitado, o Raagoran apenas aguarda a morte. Gyodai o despedaça com múltiplos socos, quebrando ossos em poeira. Beleg finca mais uma flecha que atravessa o abdômen da criatura, espalhando entranhas no chão. Jalin, sem hesitar, dispara sua pistola. O primeiro tiro explode parte da mandíbula do monstro. O segundo atravessa o crânio e espalha massa encefálica pelo campo.

O silêncio pesa. O grupo encontra uma macieira, e após o banquete de sangue, recupera forças para a próxima batalha.


O Grande Batham


Em campo aberto surge o colossal Batham, um brontossauro titânico.

Jalin ergue sua apresentação impactante, enquanto Gyodai, tomado por devaneios da tormenta, se prepara para o massacre.

Beleg some entre as sombras, enquanto Kobta evoca seus reflexos ilusórios.

A cauda monstruosa do Batham chicoteia o ar. Um golpe atravessa um reflexo de Kobta, outro é aparado pelos chifres de Jalin. Bolgg resiste com seu bloqueio brutal, e Gyodai ergue um campo de força para conter a fúria.

Jalin, com sede de vingança, dispara dois tiros contra a besta. Um abre um buraco sangrento na coxa do Batham, o outro estilhaça escamas e cartilagens.

Gyodai ativa a tatuagem de Pitágoras e seus músculos se deformam em armas vivas. Ele avança, pronto para despedaçar.

Beleg, oculto, bebe uma poção de velocidade.

Kobta espera o momento certo para cravar sua lâmina.

O Batham avança e acerta Jalin com a cauda. O impacto é devastador — ossos quase se partem, mas a capa rasgada e o Escudo da Fé de Kobta salvam sua vida.

Enquanto isso, Beleg só pensa em saquear os ovos do colosso.

Bolgg bebe uma poção divina, e seus músculos se dilatam como cordas prestes a explodir. Ele marcha como um carrasco em direção ao monstro.

Jalin, em vingança, lança uma adaga mental que penetra o cérebro do Batham e o deixa cambaleante.

Gyodai, tomado pela fúria da tormenta, o atinge com múltiplos socos — cada impacto racha costelas e faz o sangue jorrar como cachoeiras rubras.

Beleg dispara flechas que atravessam as juntas, rasgando tendões e perfurando órgãos internos.

Kobta, disfarçado de elfo, desfere seu ataque especial — a lâmina atravessa o estômago do monstro, que cospe um rio de sangue e bile.

Bolgg, máquina de matar, finca sua espada executora nas entranhas e rasga de baixo a cima, expondo vísceras como uma oferenda.

Jalin apavora a criatura com sua aura e a lança sono, debilitando a grande criatura.

Gyodai, voando com suas asas de inseto, esmurra as têmporas do Batham em um golpe chamado Orelhão, que estoura seus tímpanos e espalha sangue pelos ouvidos da besta.

Beleg prepara a flecha final. A Flecha da Morte atravessa o crânio do Batham, e o gigante desaba em meio a uma explosão de ossos e sangue.

E então, Thrak’Zul se aproxima calmamente, finca as mãos no corpo ainda quente e arranca o fígado do Batham com um estalo grotesco. Oferece o órgão ensanguentado a Bolgg, que, em um ritual druídico, devora a oferenda e cresce ainda mais em poder.

O campo de batalha se cala, coberto de sangue, ossos partidos e carne dilacerada.

Sob a nuvem voadora, voltamos para Vectora. Nos apresentamos até Raisenzan e ele diz que devemos partir para Sckarshantallas após descansar um pouco, repor e adquirir novos equipamentos. Ele avisa que Vectora não entra no reino de Sckhar e que a parada mais próxima fica em Tyros, um dos feudos de Trebuck. Entrar voando no reino do Dragão é punido com a morte.

Raisenzan apresenta um novo integrante que gostaria de entrar para os serviços do Cobra Véia. É Pitagoras, pai de Gyodai, porém agora está em forma de uma elfa e se apresenta como Anastásia. Ela diz que sua mãe havia lhe disfarçado para que não corresse risco de morte. Mas Gyodai não sabia disso e acredita que o que fizeram com ela foi culpa dos puristas. 


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagem gerada pelo MetaIA. 

domingo, 31 de agosto de 2025

Fígados, Lagartos e Trovões

 




Gyodai parecia distante, em transe, a mente fundida com o tormenta. Seus olhos ardiam com o reflexo da tempestade, como se estivesse prestes a devorar o próprio céu

Kobta, sempre bufão e cruel, saltava em acrobacias que mais lembravam um ritual macabro. Seus reflexos ilusórios se multiplicavam, como se várias sombras famintas rodeassem o campo, prontas para dilacerar.

Beleg, em silêncio, ergueu a garrafa. A poção de velocidade queimou suas entranhas, e a de concentração fez seus olhos arderem como carvões em brasa. Quando exalou, parecia um predador arqueando o corpo para disparar morte.

Jalin ergueu sua voz e cortou o ar como uma lâmina.

— O fígado do lagarto trovão será de Gyodai!

A sentença caiu sobre nós como maldição. Sua capa ondulou, viva, e a pistola rugiu. O projétil entrou no flanco colossal de Batham e explodiu sangue em jatos grossos, tingindo árvores próximas. A criatura rugiu, o som quebrando o ar, mas resistiu à adaga mental que tentou dilacerar sua mente.

Gyodai não esperou. Bebeu a poção, ativou a tatuagem. Seu corpo se dilatou, músculos inchando até as veias rasgarem a pele. O Punho de Mitral brilhou prateado, e quando atingiu Batham, não foi apenas um soco — foi um terremoto. Ossos imensos estalaram, dentes de marfim foram cuspidos junto de sangue viscoso.

Bolgg, tomado pela poção divina, se agigantou ainda mais. Veias saltavam como cordas sob sua pele monstruosa. Empunhando a espada executora, desceu o aço sobre Batham e abriu um sulco profundo no ombro da besta. O golpe cortou tendões, e a pata dianteira pendeu mole, quase arrancada. O brontossauro urrava, a carne se dilacerando em fitas.

O Grande Batham reagiu. Ergueu-se em duas patas e desabou sobre nós. O impacto abriu crateras no chão. Kobta foi esmagado contra o solo, ossos trincando com estrondo. Jalin voou pelos ares, cuspindo dentes misturados com sangue. A cauda varreu o campo como guilhotina, atingindo Bolgg no peito. O impacto foi tão violento que costelas se partiram, a carne abriu, mas ele se manteve de pé — um colosso ensanguentado que recusava cair.

Beleg disparava. Suas flechas cortavam o ar como estiletes, entrando no corpo da besta e saindo do outro lado em borrifos carmesins. Uma atingiu o olho do Batham, estourando-o em gosma quente que escorreu como lava.

Kobta, gemendo, levantou-se das sombras. Saltou sobre a pata ferida e afundou sua lâmina entre as juntas, rompendo ossos e rasgando veias grossas como cordas. O sangue jorrou, cobrindo-o da cabeça aos pés.

Jalin retomou o fôlego e sua adaga mental mergulhou na mente do colosso. O Batham cambaleou, ensandecido, olhos revirando-se nas órbitas enquanto sua consciência se despedaçava.

Era a brecha.

Gyodai, multiplicado em braços, socava como uma enxurrada de martelos. Cada golpe arrebentava escamas, triturava ossos e fazia a carne abrir em crateras sangrentas. O peito do Batham afundava sob o bombardeio, pulmões colapsando, costelas estourando para fora em lascas ensopadas.

Bolgg, arquejando, ergueu a espada executora mais uma vez. A lâmina brilhou na chuva e desceu num arco monstruoso. O golpe atravessou carne, nervos e metade do pescoço da criatura. O sangue jorrou como uma cachoeira rubra, encharcando todos nós. O brontossauro tentou rugir, mas a garganta aberta só deixou escapar um gorgolejo horrível.

O titã tombou. Seu corpo colossal sacudiu a terra, árvores se partiram com o impacto, e o silêncio só foi quebrado pelo som de seu sangue formando um rio vermelho.

Thrak’Zul não perdeu tempo. Como um açougueiro macabro, enfiou as mãos e lâminas nas entranhas. Rasgou a barriga de Batham de cima a baixo, e o vapor quente das vísceras encheu o ar. O coração pulsava ainda, cada batida cuspindo sangue grosso; o fígado reluzia com energia do trovão, faiscando como metal em brasa.

Gyodai espalhou sua secreção cicatrizante sobre os aliados, e a dor foi insuportável. A carne se fechava rangendo, os músculos queimavam, e todos vomitavam enquanto as feridas se fechavam à força.

No centro do círculo ensanguentado, Thrak’Zul ergueu os órgãos sagrados.

— Sangue pelo sangue. Carne pela força.

O coração latejante foi entregue a Bolgg, que o devorou com as mãos ainda sujas, o peito manchado até os cotovelos. O fígado faiscante foi dado a Gyodai, que o engoliu enquanto o trovão rugia, seu corpo tremendo como se fosse arrebentar.

O céu explodiu em clarões. E naquele momento, ficou claro: não eram mais apenas aventureiros. Eram monstros maiores que o próprio Batham.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas pelo IA sob responsabilidade de Roberto Oliveira. 

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Espadas e Cervos




A Primeira Provação de Kobta – O Kobold Ventanista


Após a dura batalha contra os orcs (conforme relatado na sessão anterior no blog), o Grupo Cobra Véia recuperava suas forças quando notaram a aproximação de uma figura encapuzada.

Gyodai, surpreso, exclamou:

— Travoc?

Kobta, um tanto nervoso por nunca ter visto aquele grupo antes, respondeu de forma trêmula:

— Sim… sou eu.

Gyodai se aproximou, iniciando uma conversa sobre velhos tempos. Mas, conforme o diálogo avançava, a farsa de Kobta caiu por terra. Sem alternativa, ele revelou a verdade: contou como conheceu Travoc e explicou seu disfarce. Para sua sorte, o Grupo Cobra Véia compreendeu a situação e o acolheu como novo integrante.


Missões Paralelas e Reencontros


Logo depois, Gyodai partiu junto de Aric rumo ao acampamento dos orcs.

Aric, mantendo sua identidade de herói mascarado, decidiu retornar a Vectora para investigar um grupo de bandidos que lucrava com o tráfico de monstros. Antes de se despedir, entregou a Gyodai algumas poções de mana, dizendo que poderiam ser úteis.

Enquanto Gyodai seguiu sua missão, Kobta permaneceu com Beleg, Bolg e Jalim, avançando pelas florestas de Galrásia. Bolg, como líder, assumiu a dianteira, enquanto Kobta se ofereceu como batedor, verificando possíveis armadilhas.


O Encontro com os Espadas da Floresta


Nas profundezas traiçoeiras de Galrásia, Kobta enfrentou sua primeira provação. O grupo avistou uma criatura adiante e se preparou para o combate. Bolg tomou a frente, e Kobta, usando furtividade, se posicionou — mas, por ironia do destino, acabou escondendo-se ao lado de um inimigo: um Espada da Floresta, mestre em camuflagem no ambiente.

Quando a luta começou, um dos inimigos investiu violentamente contra Bolgg, que, experiente e resistente, absorveu grande parte do dano e permaneceu firme. Já Kobta viu-se ao lado de outro Espada da Floresta, pronto para surpreendê-lo. Mas um ventanista não pode ser pego de surpresa.

O inimigo desferiu dois ataques mortais: Kobta ergueu um Escudo Arcano, bloqueando o primeiro golpe, mas o segundo atravessou suas defesas, deixando-o com pouca vida.


A Batalha se Intensifica


O som metálico ecoou pela mata, revelando a presença de outros inimigos ocultos.

Jalim reforçou o grupo com sua música de bardo, Beleg disparou flechas certeiras (embora sem impacto decisivo) e Bolgg desferiu ataques devastadores. Mesmo assim, Kobta estava acuado e sem tempo para se recuperar.

No momento mais crítico, duas cobras mágicas — conjuradas por Zanzertain — surgiram e se sacrificaram para protegê-lo. Curiosamente, o mago nem conhecia Kobta pessoalmente ainda, mas mesmo à distância salvou sua vida.

Com a ameaça contida por instantes, Kobta conjurou magia de cura, recuperando boa parte de sua vitalidade, e voltou à furtividade para reposicionar-se.


A Estranha Energia Positiva de Galrásia 


O combate foi agravado por um fenômeno peculiar: ondas de energia positiva que, em excesso, causavam fadiga em todos, exceto Bolgg. Apesar disso, o grupo resistiu e, com esforço conjunto, derrotou os Espadas da Floresta.

Com Gyodai retornando do acampamento dos orcs e trazendo tesouros para venda, todos estavam cansados — inclusive ele, que também fora afetado pela energia positiva.


O Segredo dos Servos de Allihanna


Investigando a área, o grupo descobriu que os Espadas da Floresta protegiam Cervos, criaturas filhas de Allihanna, deusa da floresta. Esses Servos produziam uma seiva poderosa, capaz de curar diversas condições, inclusive a fadiga causada pela energia positiva.

Beleg, como caçador habilidoso, liderou uma operação precisa para derrubar um dos Cervos, permitindo que o grupo coletasse seiva suficiente para três doses. Jalim se prontificou a não tomar, permanecendo fatigado, enquanto os demais se recuperaram.


O Primeiro Passo de Kobta


Assim terminou a primeira jornada de Kobta no Grupo Cobra Véia:

sobreviveu, mostrou valor e deu o primeiro passo para se tornar um membro digno da lendária companhia. O kobold ventanista, antes um estranho encapuzado, agora fazia parte de algo muito maior.


Texto por Ivan Barbosa.

Revisão por Leandro Carvalho.

Imagem gerada por IA pelo Bing. 

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Orcs e carcajus




Atravessamos o riacho sob o murmúrio da correnteza, e, antes de mergulharmos novamente no caos, fizemos um breve piquenique. Não era um momento de paz — era a calmaria do predador antes do bote. Entre bálsamos e essências de mana, Jalin, como o bufão que é, retirou algumas garrafas de sua mochila. As bebidas não só aqueciam o corpo, mas incendiavam a alma; cada gole parecia afiar lâminas invisíveis dentro de nós. O álcool de Jalin transformava simples golpes em execuções.

Marchamos pela floresta, guiados por Thrak’Zul. As árvores cerradas guardavam o sussurro da morte que se aproximava. Num caminho estreito, vimos Orcs — não apenas perseguindo, mas caçando com selvageria uma ninhada de carcajus.

Thrak’Zul, com um brilho assassino no olhar, murmurou que eram da tribo rival. Bolgg, alheio à rixa, só pensava em domar um dos carcajus para a guerra. Um bárbaro e sua fera — era um pensamento tão perigoso quanto poético.

Foi o bastante. O combate começou.

Thrak’Zul atiçou Gyodai e Beleg, prometendo levá-los até a aldeia inimiga e aos tesouros que jazeriam sobre ossadas frescas.

Beleg, cujo ódio pelos Orcs rivalizava com o fogo de mil fornalhas, sentiu o sangue ferver. Os olhos se tornaram rubros como brasas, e a corda do arco gemeu sob a tensão. A Marca da Presa brilhou e a flecha partiu — cortando o ar como um grito. Atingiu o ponto fraco de um Orc, rasgando carne e osso. O monstro urrava, não de dor comum, mas de uma agonia que ecoaria no pós-vida.

Jalin ergueu a voz em canto, e sua música não era melodia — era uma marcha para a matança. Cada acorde inflamava músculos, cada verso transformava hesitação em sede de sangue.

Gyodai recordou as lições de Zanzertein e liberou uma névoa espessa que engoliu o campo de batalha, cegando inimigos e protegendo aliados. Seus punhos se cobriram com a fúria da tormenta; veios rubros pulsavam sob a pele, prometendo destruição.

Então Bolgg… Bolgg deixou a besta sair.

Ativou sua fúria bárbara e mergulhou na névoa, o rugido atravessando as almas dos Orcs. Guiado pelo Totem de Concentração, desferiu um golpe crítico que não matou — despedaçou. O corte partiu o inimigo em duas metades grotescas; vísceras e sangue espesso se espalharam como uma oferenda aos deuses da carnificina. Os Orcs, em vez de recuar, responderam com ódio renovado. A promessa de vingança foi cuspida com dentes cerrados.

Aric invocou um campo de força, transformando-se numa muralha viva.

Dentre os inimigos, surgiu Ghukk, o Vingativo. Rugiu que o Orc morto lhe devia uma dívida — e que agora cobraria em sangue. Avançou para perfurar o pescoço de Bolgg, mas uma das cobras mortas-vivas se arremessou diante da lâmina, morrendo outra vez para salvá-lo.

Rhol, o Desfigurado, vangloriou-se de treinar cortando cabeças de velociraptors e golpeou Bolgg na cintura — a lâmina ricocheteou contra a pele dura do bárbaro, mas deixou a promessa de mais dor.

Gon, o Cruel, auto-intitulado provador de caixões, investiu contra Aric. A armadura do mago refletiu o ataque com o brilho de um sol zombeteiro.

Jalin, rápido, ergueu a gema da iluminosidade, cegando Ghukk e acompanhando o ato com um discurso tão cortante que os próprios Orcs vacilaram.

Gyodai lançou magia de velocidade e agarrou dois Orcs pelo queixo,  impedindo que eles se apresentem com braços extras surgindo para esmagar rostos com uma fúria ritmada.

Bolgg não esperou — desferiu outro golpe colossal, transformando um dos Orcs presos em nada além de um lago de sangue e ossos pulverizados.

Aric, imitando a velocidade de Gyodai, sacou sua presa da serpente e atingiu Gon com um golpe harmonizado que perfurou a carne como manteiga.

A batalha se tornou uma dança macabra.

— Rhol tentou caçar Jalin na névoa… e acabou ferido na perna.

— Os Orcs presos tentaram se libertar para "se apresentar" antes de morrer. Gyodai riu. “Morrerão anônimos.”

— Outro caiu inconsciente sob seus múltiplos socos; Bolgg esmagou o último como quem apaga uma fogueira com o pé.

Aric matou Gon, o provador de caixões, deixando-o sem provar o próprio.

Foi quando surgiu um Orc de duas cabeças que se apresentava - Eu sou o Orcmutante — duas cabeças, o dobro da feiura. Avançou contra Jalin, que aparou um golpe e recebeu outro no corpo, o impacto sacudindo ossos. O bardo devolveu com uma chifrada brutal, antes de se curar com magia.

Os ataques seguintes foram uma carnificina encadeada:

— Rhol, o Desfigurado, morreu com uma flecha de Beleg atravessando seu pescoço.

— Gyodai prendeu mais dois Orcs, só para Bolgg matá-los como bonecos de pano.

— Aric perfurou o coração de Ghukk, o Vingativo.

— O próprio Orcmutante errou um ataque e atingiu sua própria cabeça num ricochete grotesco.

— Gyodai agarrou o monstro e esmagou suas duas mentes num abraço que virou massacre.

Quando a poeira e a névoa baixaram, o silêncio era pesado.

Bolgg, ainda com respingos de sangue no rosto, caminhou até um carcaju ferido. Ajoelhou-se, aplicou bálsamo e ofereceu comida. O animal, que minutos antes seria caça, olhou para o bárbaro com respeito instintivo. Talvez… um pacto tivesse sido selado.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagem gerada por IA pelo Bing.

terça-feira, 29 de julho de 2025

Burafontes



A Volta de Gyodai – Em Busca dos Fígados de Lagarto Trovão

De volta à colossal e fervilhante cidade voadora de Vectora, o grupo Cobra Véia desfaz-se dos espólios conquistados nos pântanos envenenados. Com ouro em mãos, decidem reforçar suas defesas. Bolgg e Beleg, agora mais ameaçadores do que nunca, passam a vestir armaduras forjadas com rocha de meteorito adamante, cintilando à luz como fragmentos de uma estrela caída.

Depois de árduas negociações, são recebidos novamente pelo enigmático Mestre do Mahou Jutsu e por Raisenzan. Apresentam o artefato Parvatar, agora imbuído com duas energias elementais distintas. A reação dos mestres é de espanto. O próximo destino, segundo eles, está traçado: Sckarshantallas.

Mas algo inesperado interrompe o plano. Um ser de olhar selvagem e dentes como presas de carvão surge: Thrak’Zul Dente-de-Fumaça. Seu nome é estranho, mas sua presença é ainda mais. Sem se importar com apresentações, ele oferece um pacto que cala todos. Sua tribo precisa de um item lendário: O fígado de um temido lagarto trovão. Em troca, promete ajudar Bolgg a desvendar os segredos da fúria ancestral – o caminho para se tornar um gigante da destruição.

Bolgg arregala os olhos, tomado por uma fome primal. Nada no mundo o atrai mais do que esse poder. E próximo dele, Gyodai, o guerreiro de muitos braços e um só olho, ouve. Um brilho violento surge em seu olhar. Ele se adianta:

— Deixe esta missão comigo, Zanzertein. O sangue me chama, pois ouvi falar das propriedades de tal fígado.

Antes de o mago partir para seus estudos, Gyodai o convence a usar os restos dos urubus que devorara pela manhã para criar aliados mortos-vivos. Viu neles um brilho de resistência, pois lutaram muito pela vida... embora, à época, a fome tivesse falado mais alto. Zanzertein, sempre enigmático, realiza o ritual de Servo Morto-Vivo, invocando um urubu carniçal e uma sombra obscura, deformados pela necromancia.

O destino é traçado: Galrasia. Raisenzan consente, pois Vectora ainda levará tempo até alcançar as proximidades de Sckarshantallas. Com isso, Beleg, Jalin e Aric partem com a consciência tranquila... Já Bolgg e Gyodai são pura combustão, devorados por um desejo incontrolável de carne e poder.

A Caçada Começa

Atravessando o portal invocado por Thrak’Zul entre as raízes de uma árvore viva, chegamos a uma floresta descomunal. Tudo ali é colosso: as árvores tocam os céus, o calor sufoca, e até Bolgg parece um inseto entre troncos e folhas maiores que muralhas.

Jalin, com o olhar atento de quem já guiou heróis pela morte e pela glória, analisa a paisagem, toca suavemente seu bandolim de guerra, e lidera o grupo com segurança.

— Pela direita. Eles se alimentam ali... não devemos cruzar com os adultos.

Mas o silêncio é rompido. Um rugido surdo, passos pesados. Uma manada inteira se aproxima para proteger os filhotes: os Burafontes.

Aric tenta esquivar-se das rabadas cortantes como chicotes, desviando com reflexos rápidos — mas algumas o atingem, rasgando seu manto com violência.

Gyodai prepara-se para o massacre. Seus punhos se tingem de vermelho-brasa, canalizando a fúria da tempestade rubra. Seus olhos brilham. Ele conjura Concentração em Combate, e um campo de distorção mágica o envolve com Desprezar Realidade, tornando-se quase intocável. Com um rosnado monstruoso, avança:

— Agora, vocês vão cair.

Bolgg se ergue como uma muralha viva. Um dos Burafontes tenta esmagá-lo, mas ele segura a cauda da criatura com a mão nua, seus músculos rasgando a armadura adamantina com o esforço. Seus olhos queimam em vermelho, o Totem da Fúria vibra em sua alma. Com um urro bestial, ele corta a criatura em dois com sua espada, espalhando entranhas por metros ao redor.

Jalin, estrategista e preciso, dispara sua pistola de adamante, atingindo o ventre de um Burafonte. O grito da criatura é ensurdecedor, assustando filhotes que fogem desordenadamente.

Beleg, com seu arco ancestral consertado por Zanzertein, dispara duas flechas em sequência. Ambas encontram a carne grossa do Burafonte com precisão cirúrgica, cravando-se como lanças de luz no pescoço da criatura.

Gyodai gira sobre o próprio eixo, seus múltiplos braços desferindo uma chuva de socos e garras incandescentes. Rasga o flanco do monstro, fazendo jorrar sangue como um geiser selvagem. A criatura tenta contra-atacar, mas Gyodai some num borrão – seu corpo é vento e tempestade.

Thrak'Zul grita:

— Eles devem cair para que alcancemos o rio! Esmaguem todos eles!

Aric, agora espelhando os movimentos de Gyodai com sua Paródia, avança como um furacão de lâminas. Com a Presa da Serpente, desfere golpes rápidos e mortais. Cada estocada atravessa costelas, perfura olhos, decepa juntas. Muitos Burafontes tombam sob sua dança letal.

Os sobreviventes da manada tentam reagir, mas Bolgg os domina com brutalidade primitiva, esmagando crânios, quebrando espinhas, gargalhando enquanto o sangue mancha o chão da floresta.

Jalin, sempre atento, acerta o último disparo. Um Burafonte que tentava fugir desaba, soltando um último gemido.

E então... silêncio.

Os corpos fumegam, o sangue escorre pelos sulcos da terra. Algumas manadas e poucos filhotes sobreviventes fogem, desaparecendo entre as raízes colossais.

Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagem disponível no Pinterest sob os direitos da Wizard of The Coast.


quarta-feira, 23 de julho de 2025

A Queda dos Piratas



A Queda dos Piratas – A Vitória Impossível da Cobra Véia


Jamais se esquecerá o dia em que a Cobra Véia enfrentou a morte — e a olhou nos olhos sem piscar. Aquele combate não foi apenas uma batalha; foi uma ópera sangrenta de dor, sacrifício e glória, marcada por aço flamejante, magia ancestral e a vontade inquebrantável de vencer.

Logo no início, o Capitão Hobgoblin, a invocação traiçoeira de Zanzertein, montado como um arauto da destruição, cravou sua espada em uma das unidades inimigas, destroçando ossos e dilacerando carne. Os piratas cambalearam, mas antes que pudessem fugir, os Tentáculos Negros de Zanzertein emergiram do chão como as mãos de um deus antigo, envolvendo os sobreviventes e esmagando-os até que o silêncio reinasse novamente.

Bolgg, o colosso de fúria, foi alvo de um ataque brutal. Lâminas de cimitarras perfuraram o ar, mas o guerreiro resistiu — seu corpo uma muralha de couro espesso e músculos endurecidos. Apesar de ferido na perna, continuou de pé, mais bestial do que nunca. E então, ele revidou. Como um martelo divino, sua espada executora ceifou duas unidades inteiras de piratas — sangue e membros choviam como folhas no outono.

Enquanto isso, Aric preparava-se para dançar no fio da navalha. Com goles de poções, dividiu-se em reflexos ilusórios. A velocidade o tornava um vulto, e a Concetração em Combate lhe fazia mais temível graças à sutileza de sua Prestidigitação, ele se tornava impossível de conter — um coelho em forma de guerreiro.

No meio disso, Jalin, o pistoleiro imbatível, ergueu-se com teatralidade e declarou a sentença final: "Todos vocês estão mortos." Sua introdução calorosa incendiou a alma dos aliados e lançou o medo nos corações dos que ainda respiravam. Sua presença se tornava um símbolo de morte inevitável.

E então, Alurra foi apanhada pelos tentáculos — esmagada lentamente enquanto tentava, com desespero, sacar sua arma. Mas antes que pudesse reagir, Goblin, o elfo azulado de Lenórien, alvejou Beleg com uma chuva de flechas. As serpentes mortas-vivas se jogaram para protegê-lo, mas uma das setas atravessou o peito do arqueiro, que caiu inconsciente.

Kaminari, o anjo caído, conjurou uma Coluna de Chamas para destruir tudo. Mas Zanzertein, impassível, elevou a mão e dissipou a magia com precisão cirúrgica. Em seguida, cobriu seus aliados com névoa arcana, obscurecendo os olhos dos inimigos.

O Capitão Hobgoblin se libertava dos tentáculos, ao mesmo tempo que os piratas insistiam em atacar Bolgg. Ferido, lento, mas não domado, ele se enfureceu. E como um avatar da destruição, esmigalhou o restante dos piratas em um frenesi de golpes.

Com o sangue ainda escorrendo do peito de Beleg, Jalin o puxou para longe do fogo cruzado e começou a tratá-lo. Aric, veloz como o vento, uniu-se ao esforço, curando o amigo caído. Quando Goblin disparou mais flechas, atingiu apenas névoa e ilusões — Beleg já não estava lá. Foi Jalin, agora imitando o arqueiro, quem se colocou em seu lugar e enganou o inimigo.

Despertando ainda caído, Beleg tentou reagir, disparando sua besta com mãos trêmulas — mas a flecha errou. Kaminari, vendo Alurra em perigo, lançou Santuário, enquanto os feitiços inimigos continuavam a envolver o campo.

Mas Zanzertein agia no plano superior da guerra. Ergueu sua mão e, num único gesto de poder, dissipou todos os encantamentos hostis. Alurra desapareceu, teleportada por uma contingência cuidadosamente preparada. Goblin, que não mais voava, agora exposto, foi agarrado pelos tentáculos e dilacerado, com o Capitão Hobgoblin abrindo caminho com sua lâmina, e Bolgg dando o golpe final, cravando a espada no peito do elfo, encerrando sua história.

Jalin puxou Bolgg para longe, pois o bárbaro, ainda em fúria, havia se lançado sem pensar na zona letal dos tentáculos. No auge do caos, Kaminari, em um último ato de poder, conjurou uma nova Coluna de Chamas. Desta vez, nem mesmo Zanzertein pôde conter o feitiço. Mas o poder do anjo caído não foi suficiente para apagar os heróis: a resistência conjurada mais cedo por Zanzertein protegeu seus aliados do fogo e luz ardentes, Aric e Jalin se esquivavam magestosamente usando a evasão.

Zanzertein então usou os últimos resquícios de mana com sua Súplica Mística, absorvendo a energia residual dos piratas desmaiados e dissolvendo os encantamentos restantes do Capitão Hobgoblin, que foi libertado, com um último agradecimento silencioso antes de partir.

E no último ato, Jalin surpreendeu a todos com um disparo mortal que acertou Kaminari no peito. Beleg, mesmo ainda fraco, disparou uma flecha certeira no olho do anjo caído, cegando-o. Kaminari ergueu sua espada, amaldiçoou os heróis em nome de Aharadak, o deus da Tormenta, e declarou a vitória da Cobra Véia. Mastigou algo e tombou sem vida, preferindo a morte a ser capturado.

Zanzertein, curioso, sentiu a fagulha mágica deixada por Alurra. Descobriu que, no instante da dissipação, ela ativou uma contingência e fugiu para um local seguro. Ela ainda vive... por enquanto.

Mas ali, no topo de cadáveres e brasas, a vitória da Cobra Véia se ergueu — improvável, impossível, mas conquistada.

Com estratégia, inteligência e preparo… nós vencemos.

Contra todas as probabilidades. Contra todos os deuses.

Cobra Véia sobrevive. Cobra Véia morde. Cobra Véia se ergue.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagem gerada pelo Bing. 

terça-feira, 15 de julho de 2025

Chamas, Sopro e Sombras




O Confronto com o Dragão Pudim Alvinegro e a Chegada dos Céus


O campo estremeceu quando Beleg, com olhos de caçador fixos no monstro disforme, ergueu o arco reluzente e disparou suas flechas mágicas. Cada seta era uma centelha de fúria — explodindo como bolas de fogo diretamente na fuça gosmenta do Dragão Pudim Alvinegro, abrindo crateras fumegantes em seu corpo gelatinoso.

Jalin, ágil e destemido, não hesitou. Com um giro dramático, empunhou sua pistola e disparou com precisão contra a criatura, rasgando parte do limo negruzento com o impacto. Sua pontaria certeira era a confirmação de que a excentricidade do sátiro escondia um guerreiro letal.

Zanzertein, com olhos pulsando em energia arcana, traçou os sigilos de poder no ar e lançou Velocidade sobre si, acelerando seus movimentos a ponto de desafiar os sentidos. Em seguida, com um gesto fluido e ancestral, invocou uma gigantesca Cobra, criatura de escamas reluzentes e olhar assassino, que se arrastou pelo campo com sede de batalha.

Burodron, antes aprisionado, se libertou do corpo do dragão viscoso, pronto para espalhar a destruição.

E então, Bolgg entrou em cena.

A lâmina de seu Machad... quero dizer, sua Espada Executora desceu com um rugido metálico, e um corte profundo rasgou o corpo do dmDragão Pudim Alvinegro, abrindo suas entranhas escuras em uma explosão de gosma e vapor fétido.

Aric, com olhos fixos e respiração firme, avançou como um vendaval de aço. A Presa da Serpente brilhou em sua mão, perfurando com elegância e precisão os pontos mais frágeis do monstro. Seus golpes eram rápidos, metódicos — múltiplos cortes que fatiavam o limo com exatidão cirúrgica. Mesmo em contato com a pele corrosiva da criatura, sua arma mágica resistia, abrindo caminho para a destruição. Com um gesto aprendido com Zanzertein, Aric invocou sua própria Cobra Véia, que silvou em uníssono com a de seu aliado arcano.

Enfurecido, o Dragão Pudim Alvinegro recarregou seu sopro, puxando o ar como se fosse sugar o mundo. Ele rugiu e investiu — mas errou o Bolgg enorme. O bárbaro apenas sorriu, como se zombasse do destino.

Beleg, tentando o tiro final, disparou seu Tiro de Abate... mas errou. Seu arco escorregou das mãos e caiu aos pés de Jalin, um momento de silêncio e tensão no meio do caos.

Jalin não hesitou — pegou seu bacamarte e disparou uma explosão ensurdecedora que acertou em cheio o monstro, abrindo uma cratera flamejante em seu flanco. A criatura gritou em agonia líquida.

Zanzertein, mesmo sustentando duas magias, coordenava o campo como um maestro da guerra. Ordenou que a cobra mágica soprasse sua energia arcana no dragão. Em seguida, conjurou Piscar Acelerado sobre si, desaparecendo e surgindo entre planos com uma velocidade fantasmal.

Mas o campo tremeu novamente.

Burodron, o monstro da tormenta, executou sua técnica suprema: "A Morte que Vem da Terra." Mergulhou no solo como uma lança de maldição e surgiu ao lado dos heróis, abrindo uma cratera de pavor. Beleg foi atingido e caiu, mas ativou Durão, aguentando o impacto no limite. Bolgg desapareceu no instante exato, desviando por milagre. Aric e Jalin, com reflexos afiados, se esquivaram pela evasão, saltando para longe com perfeição felina e Aric com perfeição de coelho.

Bolgg então se ergueu como um deus da guerra. Seu machado desceu com fúria brutal, e o Dragão Pudim Alvinegro foi partido em dois com um golpe que sacudiu o solo. Viscera líquida e gosma escura espirraram em todas as direções, e o pântano ficou em silêncio por um breve instante.

Ele avançou contra Burodron, mas o guerreiro do subsolo desapareceu com Piscar no instante exato, escapando da fúria do bárbaro.

Aric ordenou que sua serpente mágica disparasse seu sopro venenoso contra Burodron, envolvendo a invocação traidora numa névoa de energia ancestral.

E então, Zanzertein estendeu a mão com autoridade mística e — num clarão de sabedoria arcana — dissipou Burodron do campo de batalha. A ameaça foi varrida, e o chão voltou a respirar.

Mas a paz durou pouco.

Um som cortou os céus. Olhamos para cima e vimos uma gigantesca sombra pairar sobre o pântano. Um dirigível cilíndrico com o cesto em forma de navio, o Vento Vasto, começou a descer, sua proa em forma de raposa cortando as nuvens baixas. Piratas saltaram das cordas, com armas em punho e sorrisos cruéis.

Zanzertein diz para Tandrik, ainda lhe resta algum poder mágico meu amigo Anão? Tandrik apenas responde - O Barro é claro e não covarde.

Da embarcação desceu Capitã Alurra, pistola em punho, acompanhada de um elfo de pele azulada — conhecido como Goblin de Lenórien — e uma criatura angelical: Kaminari, um dos sequestradores de Glomer.

Alurra não hesita. Grita ordens e dispara em Beleg, atingindo-o com um tiro certeiro.

Goblin, o elfo, dispara flechas sombrias contra Zanzertein, mas o mago se protege com um campo de força, desviando as setas com um brilho translúcido.

Beleg, mesmo ferido, ergue uma besta, arma emprestada de Jalin, bebe uma poção de velocidade, mira com fúria e ativa suas técnicas: Tiro de Abate, Supressão, Pontos Fracos. O disparo é impecável — uma aula de pontaria — mas Alurra se esquiva com uma acrobacia impossível, desaparecendo por um instante da mira.

Kaminari, em fúria contida, declara que tudo o que aconteceu de ruim com ele é culpa dos Cobra Véia, e tenta lançar Dissipar Magia em Jalin.

Zanzertein reage na hora — sua voz ecoa em magia pura — e anula o feitiço com uma Contra-Mágica impecável, desafiando Kaminari com um olhar de desprezo:

“Você, um ser angelical, servindo canalhas? Não compreendo sua queda.”

Mesmo com o poder quase esgotado, Zanzertein reúne as últimas faíscas de mana, estende sua mão e libera Tentáculos de Trevas, que rasgam o chão e prendem Alurra e dezenas de piratas como marionetes de carne e medo.

E então, pela Trama Celére, o mago lança um feitiço proibido, ensinado por seu amigo Tandrik Barroclaro — Assobio Perigoso, uma invocação instável e rara. O ar se rompe... e um Cavaleiro Hobgoblin surge, armado e em silêncio.

Será um novo aliado... ou mais uma ameaça neste pântano maldito?


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagem gerada pelo MetaIA. 

domingo, 6 de julho de 2025

Dejeto Vivo

 




Beleg pega uma de suas flechas na sua aljava e dispara nos inimigos marcados pela Marca da Presa. Bolgg finaliza as hordas de mortos-vivos presas nas teias, espalhando mais sangue contaminado por todo o terreno.

O ar é preenchido de energia de ácido e envolve todo o Pantano dos Vermes. Estamos cada vez mais próximo do local onde Parvatar irá absorver a energia.

Macacos em cipós fazem jogos com pequenas rochas e causam uma reação quimíca ao lançaram pedras no chão, causando uma grande explosão. Os heróis saem ilesos se esquivando e protegidos pela Resistência a energia do mago Zanzertein.

Adentramos em uma região ainda mais tóxica, o ar é pesado e isso afeta nossa respiração. Apenas Beleg fica tossindo e é intoxicado. Ele logo bebe um antidoto e seguimos viagem.

Há algo muito suspeito na região, algo não natural ocorreu por aqui. Decidimos passar por este caminho, similar à um brejo, andando com água até as canelas. À 30 metros à nossa frente, um casebre de alvenaria, coberta com piche e em cima do telhado, uma figura carismática que fazia ali pequenos reparos.

O homem se apresenta, seu nome é Lazzyr. Ele nos parabeniza por conseguir chegar até ali, no centro do Pântano dos Vermes. Ele nos convida para entrar em sua cabana e provar de café e bolo que revigora poder mágico.

Foi explicado que somos o grupo Cobra Véia, almejamos enfrentar a área de tormenta e para isso precisamos alimentar Parvatar com a essência que buscamos daquele local. Lazzyr fica encantado em ver Parvatar, até mesmo seus olhos negros brilham ao admirar o artefato. Ele sabe a localização da essência para recarregá-lo, mas pede um favor em troca antes de nos levar até o local.

Ele explica que um de seus experimentos falhos, se tornou uma criatura alquimica e hoje vive presa num porão. Nossa missão é eliminá-la para liberar seu laboratório.

Ele traz seu estoque de essencias de mana e revigora nosso poder mágico. Fomos até o poço onde é ligado ao seu laboratório, trancamos a porta e iniciamos um combate contra o Dejeto Alquimico, uma criatura envolta numa massa de ácido, fogo alquimico, veneno e fumaça.

Zanzertein lança Oração e Névoa. Porém a criatura ignora a névoa por ter a habilidade de percepção às cegas. Bolgg, com sua simplicidade e efetividade ataca com seu poderoso Macha... quero dizer, com sua Espada Executora a criatura, que geme de dor, pois os elementos alquimicos começavam a se separar.

Com a marca da presa, Beleg dispara uma flecha, mas a perfuração no Dejeto é menos efetivo que o golpe cortante de Bolgg.

O Dejeto ataca Aric, mas a luz permanente em sua armadura brilhante, ainda ofuscava o Dejeto, além da Oração sustentada de Zanzertein.

Jalin tenta cegar a criatura com a gema da Luminosidade, sem sucesso, enquanto imaginava que Ludevic, reclamava que pulavam a sua vez.

Zanzertein, com um estalar de dedos fazia o enorme Bolgg Piscar, a magia ensinada por Tandrik Barroclaro.

O enorme Bolgg piscante, ataca empunhado de sua companheira, a Espada executora e executa golpes fatais contra criaturas comuns.

Aric executa um golpe que finaliza finalmente o Dejeto, um golpe rápido e silencioso, nenhum grito, apenas o corpo inerte do Dejeto caindo no chão.

O velho mago tenta extrair do corpo alquimico, algo proveitoso para suas poções, mas falha.

Lazzyr fica satisfeito com o desempenho do grupo. E diz que são dignos de enfrentar a criatura que vive ali, que não é o seu mestre Mizzelyn, mas sim o Pudim Alvinegro que havia devorado corpos de outros dragões. Ele também explica que todo o pântano é o corpo verdadeiro de Mizzelyn, seu verdadeiro mestre. (No entendimento de Zanzertein)

Lazzyr nos leva imediatamente para o local combinado. Estamos numa área levemente alagada. Logo à nossa frente, percebemos muitas ossadas de dragão. De repente elas vão tomando forma, ligadas por uma massa branca até formar algo similar à um Dracolich colossal.

Bolgg se empolga, finalmente poderá cumprir com sua promessa de derrotar uma criatura maior que ele próprio, mas apenas se conseguir sair vivo dali.

Jhalin se inspira em Ludevic, e quando ia cantar uma canção para lembrar os grandes feitos do inventor, Aric surpreende e toca primeiro e inspira coragem para que todos possam lutar com todas as forças para vencer e sobreviver àquela batalha.

Aric depois de inspirar, engole rapidamente algumas poções, quase ao final do último Gole, o Dragão Pudim alvinegro se aproxima do Bardo bucaneiro e tenta mordê-lo, mas atinge apenas suas cópias. Ele tenta também através de uma Protuberancia Ossea e a armadura brilhante de Aric novamente brilha e confunde o inimigo.

Beleg dispara uma flecha no colossal inimigo, mas é como se fosse um palito de dente ao atingir um alvo tão grande.

Jalin, mostra como deve ser um ataque à distância ao sacar uma pistola e atinge um dos ossos do inimigo.

Zanzertein já lança Piscar em Bolgg e Aric se prepara para copiar com a Paródia. Em seguida, com um estalar de dedos ele assobia perigosamente para trazer uma nova invocação para o campo de batalha: Um Burodron, uma terrível criatura lefeu. Burodron já aterrorisa boa parte dos heróis e isso faz com que parte de seu poder mágico se esvaia.

Burodron olha para o terrível Dragão Pudim Alvinegro e não aceita que ninguém seja mais terrível que ele próprio e ataca com tudo que é capaz. Suas garras mordidas , constrição atacam o pudim ao mesmo tempo que atingir o pudim era possível ver que ácido tentava lhe corroer.

Bolgg sem medo ataca com sua lâmina executora, a arma mágica não derrete, mas ele se livra do ácido devido ao piscar.

O Dragão pudim alvinegro lança uma grande bolha de ácido para cima de Aric, mas o Piscar também lhe livra de ser totalmente derretido.

O Dragão se volta para Burodron e ataca com sua temível bocarra e agarra o lefeu.

O duelo desses titãs continua...


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagem gerada pela MetaIA. 

domingo, 15 de junho de 2025

Para Sempre um Cobra-Véia: O adeus de Glomer

 



Chegamos ao Pântano dos Vermes no reino de Salistick. Após nos despedirmos de Vectora, Jalin, empunhando o apito dado pelo Dragão Raisenzan, convoca uma nuvem voadora, que nos guia à capital de Yuton. Lá, Jalin adquire um bacamarte de adamante, símbolo de sua crescente ferocidade.

Durante a jornada, ele revela um talento inesperado: mistura elixires alcoólicos como um verdadeiro alquimista de taverna, consumindo Sidra Ahleniense e liberando seu carisma em interações sociais com uma naturalidade quase mágica.

No coração do pântano, a tensão cresce. Zanzertein e Aric se preparam com magias: Contato Extraplanar, Resistência à Energia, Alterar Tamanho. Aric energiza o grupo com Primor Atlético; Zanzertein nos concede o dom do Voo. É então que Bolgg, sem aviso, começa a se debater – afogado por uma força invisível. Desmaia. Estávamos cercados. Os Afogados se aproximam: cadáveres inchaços, de pele esbranquiçada e fendas de onde jorram água pútrida e bolhas nauseantes.

Jalin, em um ato heroico, resgata uma poção de Suporte Ambiental do bolso de Aric e a administra em Bolgg. Enquanto inspira o grupo com palavras de coragem, Beleg marca um alvo e dispara uma flecha incadescente – quando atinge, a água em ebulição jorra das feridas abertas nos cadáveres.

Aric desfere um ataque fulminante com sua nova magia, Arma de Jade, seguido por um Surto Heroico. Ele dilacera um Afogado com sua esgrima da Presa da Serpente, abrindo seu tórax como um casulo prestes a eclodir.

Zanzertein conjura Desafio Corajoso, atraindo a fúria inimiga para Aric, e amplifica o poder de Beleg com Toque do Horizonte. Jalin quase sucumbe ao afogamento, mas uma intervenção divina o salva no último segundo – teria sido Inghlblhpholtsgt? Ou Szzass, sua divindade?

Enquanto os Afogados golpeiam Aric em frenesi, ele resiste estoicamente, como se sua alma já tivesse feito as pazes com a morte.


*_Então Bolgg desperta._*


Com olhos injetados de fúria e o machado na mão, ele ergue-se como uma tempestade encarnada. Em um rugido que rasga o ar, parte para o ataque. O primeiro golpe parte um Afogado ao meio, seus intestinos aquosos e pulmões encharcados explodem como frutas maduras sob pressão. O segundo inimigo tem a mandíbula triturada, e os rins, fígado e um coração deformado pela morte são lançados ao chão em um banho de fluidos escuros.

Aric, sem hesitar, finaliza os que lhe flanqueavam, explodindo os corpos e os espalhando em pedaços d’água.

Jalin nada até uma ilhota de fungos venenosos e dispara sua pistola – o som rasga a névoa e revela a presença de Capitães Afogados, Mortos-vivos que trazem mais mortos à batalha.

Zanzertein conjura sob Jalin o feitiço de nome Mais Klunc, dando-lhe músculos tensionados e feições brutais. Em seguida, realiza Transposição, trocando de lugar com Bolgg para que o bárbaro fique frente a frente com os Capitães afogados.

Aric continua cercado. Jalin, em fúria, ataca com a sua Presa da Serpente, perfurando a jugular de um capitão. Bolgg, com olhos vidrados e coração pulsando de raiva tribal, invoca seu totem ancestral e desce o machado com fúria de outro mundo: partes ósseas explodem, costelas são arremessadas como estilhaços e o estômago do morto-vivo é obliterado com um som viscoso e brutal.

Beleg, munido com Toque do Horizonte, atira flechas incandecentes, enquanto Zanzertein mostra para o seteiro, que um dia foi um arqueiro e por ações de Szzass perdeu este talento e lança Flechas de Luz. As flechas dos heróis atravessam os invocados como lanças sagradas, redimindo sua fé e mostrando que, mesmo sem a bênção de Szzass, sua flecha é o julgamento.

Os Capitães são abatidos um a um. Bolgg desfere mais golpes: colunas vertebrais são esmagadas, mandíbulas arrancadas, e vísceras liquefeitas espirram com cada balanço do machado. O chão encharca-se de um lodo escuro e fervente, resultado da mistura de magia, água morta e ira bárbara.

Continuamos, atravessando áreas traiçoeiras. Aric cai em areia movediça, mas é resgatado. Zanzertein lança vôo em Bolgg, que carrega em segurança Parvatar. Zanzertein teleporta o restante do grupo até uma área segura. 

Logo mais à frente, um riacho com água límpida. Há pegadas de grandes felinos Bolgg se lança nela, vê muita vida marinha ativa ali e encontra algumas garrafas com óleos mágicos. São feitiços de Escuridão e Físico Divino engarrafados.

Em uma clareira, encontramos uma horda imensa. Zanzertein prende as massas com teias enquanto Beleg dispara flechas incandescentes – mini explosões flamejantes rasgam o campo.

Então, Bolgg avança. Um gigante de quase cinco metros, envolto em fúria, suor e sangue. Seu machado desce com uma violência ancestral: torácicos são despedaçados, baços arremessados no ar, e crânios racham como cascas de noz sob o peso de um deus. A cada ataque, o sangue dos mortos parece ser absorvido por sua pele, alimentando algo profundo e sombrio.

De longe, em Vectora, Glomer – no silêncio de sua oficina – sente. Para de apertar parafusos. Seu peito pesa. Uma lágrima escorre de uma de suas órbitas. Algo dentro dele sabe: Bolgg está passando por algum perigo oculto.

Zanzertein lança a proteção divina de sua tatuagem sobre o bárbaro. Jalin, com sua gema de luz, cega os inimigos que ainda se debatem. As turbas avançam – uma alcança Bolgg. Mesmo atingido por múltiplos golpes, que teriam evaporado um homem comum, Bolgg resiste, sangrando e se mantendo em pé. Seu corpo range, seus pulmões queimam, mas ele continua.

Mesmo ofegante, mesmo com o olhar enevoado, ele encara o campo adiante – e vê mais corpos para fatiar.



Por algum motivo sempre que Zanzertein olhava para a espada executora de Bolgg, imagina ser um dos seus machados.


Texto por Roberto Oliveira.

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas pelo MetaIA. 

terça-feira, 10 de junho de 2025

Zanzertein o rei das cobras 🐍

 



Continuamos em Vectora para nos fortalecer. Seja aprendendo mais feitiços, construindo engenhocas, encomendando armas, treinando ou farreando. No final destes dias, Glomer ao buscar material para mais uma poderosa engenhoca, foi emboscado por um dos guerreiros angelicais que disputavam entre si na batalha contra os cavaleiros dragão. A figura angelical estava chorando e com rosto muito amargurado. Dizia que sentia muito, mas precisava levar Glomer consigo. Iniciou um combate. Glomer usa de suas preciosas engenhocas que simulam magias e as mais devastadoras bombas, porém sozinho contra um ser angelical, um morto vivo como Glomer tem sérias desvantagens e acaba perdendo e sendo levado sequestrado.

Fomos avisados. Algumas autoridades de Vectora nos apoiam, mas não podem permitir que tenhamos permissões especiais. Takifugo nos avisa que recebeu um comunicado dos sequestradores. Eles são da Supremacia Purista e estão numa taverna. Eles desejam Parvatar em troca de Glomer. Ao chegar lá, começamos a negociar com os sequestradores. Os puristas são seres desprezíveis por sua arrogância e superioridade à todos os outros que discordam deles. Zanzertein inicia um plano para desastabilizá-los, ofendendo e mostrando como elfo que são mais superiores. 

Jalin provoca com sua criatividade e começa a recitar um poema.

Os nervos estão à flor da pele, mas a negociação é feita. Zanzertein entrega Parvatar e eles soltam do lado de fora Glomer. Zanzertein se põe à frente deles e chama para um combate. Eles acietam e dá-se início à um combate.

Zanzertein lança sua Tentáculos Negros nos quatro puristas, porém só consegue prender um deles, mesmo com a ajuda das cobras extraplanares e também lança Névoa a fim de dificultar a visão dos inimigos.

Um dos puristas tenta dissipar as magias de Karameikos, mas o mago imediatamente faz uma contramágica.

Jhalin tenta cegar um deles com a gema da luminosidade, mas ele desviar o olhar. Estes são provavelmente os inimigos mais perigosos que já havíamos combatido. Muito parecido com aventureiros experientes.

Os inimigos são muito perspicazes. Eles escapam dos Tentáculos Negros e dissipam as magias névoa e a velocidade que Aric havia ingerido uma poção.

Beleg o arqueiro orgulhoso que anda com o peito estufado foi atingido por um golpe poderoso de espada eletrificada, porém Zanzertein dissipa a magia eletrificada e Beleg não teve o coração perfurado por ser Durão.

Zanzertein lança velocidade em Bolgg e Aric copia.

Beleg dispara poderosas flechas meteóricas explosivas, porém os adversários são formidáveis e se esquivam.

O Bolgg veloz levanta seu machado e dilacera um dos puristas abrindo o ombro de um deles no meio. Ainda assim, o purista não se rende e continua com disposição para lutar.

O líder dos puristas se aproxima do mago elfo e tenta assassiná-lo. Zanzertein se defende com o campo de força mais poderoso que e capaz de fazer.

Com o grupo em desvantagem, suas magias a todo momento a ser dissipadas, ataques sendo esquivados, havia um risco muito grande de perdermos. O velho mago então começaria a tomar uma atitude arriscadissima, mas ali seria a virada da batalha. Karameikos conjura Assobio Perigoso e invoca a mais poderosa invocação arcana que havia conjurado até ali: Uma hidra surge ao meio dos puristas e as oito cabeças atacam um dos puristas, que fica vivo, mas muito debilitado frente as múltiplas mordidas.

O mago também reforça seus aliados com uma benção de Wynna.

Os dos puristas avança até Jalin e o atinge com um poderoso golpe atravessando a perna do sátiro, que manca e sangra muito. Jalin em choque pela dor, seus olhos são pura ira, ficam avermelhados e ele dispara contra o purista à queima roupa e a bala trespassa a perna do purista, que urra de dor. Jalin nos encoraja para que nós não recuemos enquanto atingia o purista com uma chifrada.

Aric surtando heroicamente ataca com a presa da serpente, juntando magia e esgrima e faz outro purista gritar de dor, mas ainda continua lutando. Ele devolve o golpe em Aric na mesma moeda, mas Aric é valente e está acostumado a situações desfavoráveis.

Outro purista tenta dissipar a hidra, mas falha. E a hidra continua assustando a todos na taverna.

Beleg mira no peito do purista e atinge uma flecha certeira, que parece perfurar o pulmão do purista, pois ele apesar de continuar lutando, respirava com dificuldade.

Um dos puristas também acerta um golpe crítico em Bolgg veloz, mas ele também é Durão e continua lutando junto a serpente zumbi.

Jhalin é atingido novamente, mas ele é persistente.

Zanzertein vai até Aric e lança velocidade e alterar tamanho em Aric que golpeia ferozmente um dos puristas até derrotá-lo completamente.

Beleg, Bolgg e Jhalin derrotam os outros.

Resta apenas o líder. Que solta Parvatar, nos parabeniza e se teleporta, usando uma retirada estratégica. 



Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas pelo MetaIA. 


quarta-feira, 21 de maio de 2025

Combate nos céus: Em busca do elemento ar

 





Completamente cercado por quatro cavaleiros montados em dragões, o velho mago pensa rápido e com um estalar de dedos lança névoa acelerada aumentada e sólida, a única coisa que poderia fazer naquele momento, pois já havia gasto todas suas ações voando com a serpente até ali. Eram a serpente voadora, Thandrik Barroclaro e Zanzertein Karameikos vs os quatro cavaleiros alados e seuas montarias draconianas.

Um dos Cavaleiros ataca o velho mago ferozmente pela lança do cavaleiro dragão e logo em seguida é agarrado pela sua montaria.

Zanzertein usa seu campo de força para reduzir o impacto da lança, mas ainda sim ela é rompida e acerta parte da testa do mago, que começa a sangrar.

Os outros cavaleiros dragão tinham a mesma intenção de atingir Karameikos e colocar fim a sua vida ali no ar, porém são impedidos pela névoa sólida e tem seu movimento reduzido.

Glomer tenta falar com o indivíduo que está levitando implorando sua ajuda, afirmando que não estão ali para lutar e sim apenas para reativar o artefato Parvatar - O Pulmão da Montanha. Ele mexe as orelhas, se apresenta como o mestre do Dojo Mahou Jutsu e que é um tamuraniano e que estavamos pertubando seu equilibrio.

Jahlin se rende e isso faz com que o Tamuraniano lançasse Dissipar Magia e nos diz para voltar quando todos tiverem a capacidade de voar.

Recuamos e descobrimos que para ficar na cidade, precisamos de determinadas autorizações. 

Nos encontramos com Takifugo, o intermediário de Ezequias. Ele consegue com seus contatos e também falando com a anã Dhormûg uma audiência com Lorde Vectorius

Ao chegar no grande castelo de Vectorius, fomos levados até um dos aposentos por seus empregados golens onde se encontrava o grande Arquimago... na verdade uma de suas múltiplas cópias.

Zanzertein toma a frente para conversar com o lorde mago e explica que estão em missão para destruir a área de tormenta que infesta os arredores de Yuvallin. Todos os empregados param. Isso intriga Vectorius e o mago pede uma prova do que falamos é verdade. Glomer mostra para ele o artefato Parvatar, o pulmão da Montanha. Isso convence o lorde e ele providenciria nossa autorização para permanecer no mercado das nuvens como turistas caso passássemos em alguns testes. Mas não autoriza o uso especial de magia além do que já é permitido.

Os testes envolviam a leitura e escrita de diversos formulários. Glomer e Zanzertein revesavam entre si para preencher, os bardos ajudavam na elaboração de respostas com seu variado repertório e Beleg trazia água, buscava manter o local organizado para que tivessemos foco nesta tarefa.

Além da carta de recomendação assinada pelo próprio Vectórius, recebemos uma carta oferecendo 20% de desconto em qualquer compra por conta dos cofres da cidade.

Karameikos se esforça para aprender a magia vôo e incluí-la em seu grimório.

Glomer usa de seu tempo para criar novas engenhocas e outros apetrechos, como melhorar algumas armas do grupo.

Jhalin, Bheleg e Aric tem suas próprias missões. Jhalin festeja, cria uma canção para narrar o combate de Zanzertein contra os cavaleiros dragão e consegue uma gema da luminosidade. 


"Balada do Zanzerten Empalado"

(Toca um acorde dramático na lira e começa com voz épica!)

(Verso 1)

No campo de batalha, o sangue a jorrar,

Zanzerten grita, sem parar!

Um cavaleiro, cruel e astuto,

Monta seu dragão — oh, fruto imundo!

(Refrão)

Ohhh, Zanzerten, não chores agora,

O bardo te canta, ainda há aurora!

Mas se a lança não sair do teu peito,

Vou comprar uma taverna em teu direito!

(Verso 2)

Seu grito ecoa, que dor cabal,

O dragão ri: "Isso é normal!"

Mas eu, seu bardo, com fé e sorte,

Toco uma cura... ou pelo menos a morte!


Aric combate o crime nas ruas de Vectora com seu traje de coelho.

Todos estavam preparados para o combate que logo viria.

Seis dias depois nos encontramos e Zanzertein lança a magia vôo em seus aliados Cobra Veianos.

Partimos em vôo até onde estavam novamente os cavaleiros dragões. Alguns metros dali, estavam algumas criaturas angelicais duelando entre si.

Zanzertein prepara os buffs em seus alidos, as novas magias aprendidas com o mago Thandrik Barroclaro - Armadura Elemental em Aric e Jhalin, Ossos de Adamante em Glomer, Punho de Mitral e Campo de Força em si mesmo. Além de Alterar Tamanho em todos do Cobra Véia exceto a si mesmo.

Assim que alcaçamos a arena de vôo, Aric é surpreendido por um dos cavaleiros dragões que sacou uma espada e tentou atravessar a barriga do Bardo. Por pouco isso não derruba o valente Bucaneiro, ele ainda é atingido, cospe além de sangue, vomita o café da manhã daquele dia e fica enjoado.

Jhalin saca uma pistola de adamante precisa e dispara contra um dos cavaleiros dragão e o atinge com sucesso.

Zanzertein usando a bolsa de pó implora pela intervenção de Wynna naquele combate e que ela inspirasse a vitória através da magia e lança Oração ampliada, uma névoa ampliada usando o cachimbo da fumaça eterna.

Glomer agitando rapidamente lança uma de suas costumeiras e efetivas bombas. Cavaleiro se esquiva, mas parte da explosão o atinge.

Um dos seres angelicais, lança dissipar magia na névoa de Zanzertein, que rapidamente lança uma contramágica. O outro ser angelical lança dissipar e desfaz a névoa.

Jalin usando a gema da luminosidade, deixa o cavaleiro cego e com medo após intimidá-lo com sucesso.

Aric parte para o ataque, saca a presa da serpente, conjura concentração em combate e junto ao seu ímepeto heróico ataca três poderosos ataques no cavaleiro dragão e por muito pouco não o derrota totalmente, que evita parte do dano cavalgando. Ainda sim é possível ver o cavaleiro muito machucado e também sua montaria dracônica. Aric é muito mais letal que os cavaleiros.

Zanzertein agora uma de suas mãos brilhantes feito Mitral, lança uma Névoa acelerada e com visão para os aliados ampliada enquanto mantém a Oração. O velho mago aponta o seu dedo indicador para o cavaleiro montado em um dragão azul e lança Metamorfose e o transforma em uma galinha.

Glomer lança outra poderosa bomba em um dos cavaleiros, uma gigante explosão surge, um dos cavaleiros está bem ferido.

Os conjuradores angelicais tentam dissipar a névoa de Zanzertein. O mago evita o primeiro através de sua contramágica, o outro tenta, mas falha.

Jhalin dispara novamente com sua pistola na galinha e a deixa bem debilitada.

Aric também ataca e como sempre é muito efetivo e assustador com sua presa da serpente.

Zanzertein lança Descobrir Fraqueza na criatura angelical, mas ele resiste. O mago lança Metamorfose no cavaleiro montado em um dragão branco e também o torna uma galinha. Com um movimento, ele lança Farejar Fortuna e descobre que há tesouros ao redor.

Bheleg com sua marca da presa marca umas das criaturas e dispara com seus novos poderes de seteiro com suas flechas especiais.

Com os cavaleiros dragão humilhados, surge a figura do Tamuraniano mestre do Mahou-Jutsu e diz que o desafio foi vencido e isso poupa a vida dos pobres cavaleiros humilhados.

Ele explica que agora devemos nos encontrar com o grande dragão Raisenzan para restabelecer parte dos poderes de Parvatar.

A figura de Raisenzan é impressionante, é um dragão oriental gigantesco. Ele é bem amistoso e está disposto a nos ajudar. Ele pede para que Glomer posicione Parvatar e lança sua baforada de relâmpago. Glomer é orientado a aspirar com Parvatar e absorve o grande sopro e brilha em cor azulada. Assim ele aprende uma nova habilidade.

Massaro Yuudai, o mestre das artes conhecidas como Mahou-Jutsu revela outra de suas facetas, ao ficar tudo escuro, são exibidas suas escamas rubras. Na sala é mostrada um mapa de Arton e são exibidas os próximos locais para restabelecer o poder do artefato.

Os locais apontados são: um pântano próximo a Yuton; a capital de Sckharshantallas, e um cume nas Montanhas Uivantes.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas pelo MetaIA.