Das sombras da noite desértica, esqueletos armados com espadas enferrujadas emergem, rangendo ossos como portas de túmulos se abrindo. O silêncio pesado é quebrado quando Kobta executa sua firula inspiradora — o corpo impossível se desdobra em reflexos e poses exageradas, cinco kobolds agindo como um só, preparando o terreno para o massacre.
Zanzertein imbui o chicote de Sir Finley com luz sagrada, fazendo o couro brilhar como um sol espectral, enquanto o tabrachi espalha cuidadosamente sua peçonha alquímica — fórmulas pensadas não para carne, mas para ossos.
Os mortos avançam.
Kobta responde primeiro: um disparo de bazuca ecoa pelo salão, ativando sua Sentinela Implacável. Um esqueleto é lançado para trás como um boneco quebrado, ossos se espalhando pelo chão em estilhaços secos.
Antes que o combate escale, Anastacia estende sua vontade necromântica. Com palavras carregadas de poder sombrio, ela domina dois esqueletos, que cessam o ataque imediatamente e assumem posição de guarda, obedientes como cães ossudos.
O restante da horda não hesita.
Sir Finley avança, ativa sua tatuagem de concentração e chicoteia com precisão cirúrgica. Mesmo imunes a venenos comuns, os esqueletos estremecem — o tabrachi sabe exatamente onde a alquimia ainda dói, corroendo ligamentos arcanos que mantêm os mortos de pé.
Kobta alterna entre pistola e bacamarte, tiros precisos racham crânios, enquanto Zanzertein conjura Toque do Horizonte, elevando o potencial destrutivo das armas do ventanista.
Um a um, os esqueletos tombam.
Então, o chão treme.
Das profundezas da terra, uma Falange emerge, seguida por outra surgindo da parede oposta — construtos de ossos compactados, marchando como máquinas funerárias. Anastacia responde com Erupção Glacial, estacas de gelo rasgando o chão e derrubando uma das falanges, ossos congelados rangendo sob o peso do frio arcano.
Glomer entra em ação, arremessando estalinhos de guri. As explosões alquímicas fazem ossos voarem, fragmentos ricocheteando pelas paredes.
Zanzertein acelera Kobta com Velocidade e prende o campo de batalha com Teia, transformando o salão num emaranhado mortal. A falange tenta avançar — e é imediatamente empurrada de volta para a teia por mais um disparo brutal de Kobta, que a lança como um projétil de ossos.
No caos, um Selaco das Areias rompe o solo, investindo contra Kobta — mas atinge apenas um reflexo ilusório. Zanzertein reage rápido: Metamorfose. A criatura se contorce, encolhe… e vira um peixe inofensivo, debatendo-se no chão.
O silêncio dura um segundo.
Sir Finley assassina o peixe.
Um golpe perfeito. Um dano obsceno.
O peixe quase deixa de existir.
A falange restante tenta resistir, mas é dilacerada por explosões alquímicas, tiros de bacamarte e, por fim, aniquilada por um Miasma Mefítico conjurado por Anastacia, que dissolve a magia que a sustentava.
O Bulette, porém, resiste à metamorfose. Sua forma retorna em meio a uma aura cáustica, ácido queimando o ar. Kobta e Sir Finley se protegem, Anastacia permanece incorpórea. A criatura mergulha na areia, apenas para surgir novamente — e ser mais uma vez transformada em peixe.
Dessa vez, Glomer finca o florete, injetando alquimia diretamente na carne mutável.
Sir Finley finaliza.
O Bulette não volta.
A Traição Revelada
Horas depois, com as ruínas aparentemente seguras, Tell Vaziri e a professora Sheestella entram na sala, estudando os restos até o cair da noite.
Então, sem aviso…
Sheestella remove um cajado antigo da parede. Ele brilha em verde doentio.
Num piscar de olhos, ela teleporta para trás de Tell Vaziri e o atravessa com o cajado.
Morte instantânea.
Ela remove a máscara.
Uma Nagah.
Zanzertein empalidece. Ele sente a aura esmagadora do artefato — não é apenas um objeto sagrado.
É parte do corpo de um deus.
O Olho de Sszzaas.
Sheestella tenta dominar o poder… e falha.
O artefato se volta contra ela.
Um globo esverdeado a envolve. O Olho flutua sobre sua cabeça, ácido começa a pingar, queimando sua carne escamosa. A Nagah grita enquanto derrete, corpo se deformando, inflando, até se tornar uma bolha pulsante de veneno e ácido, respingando morte ao redor.
O chão sibila.
O ar queima os pulmões.
Um novo combate épico está prestes a começar.
Texto por Roberto Oliveira.
Revisão por Leandro Carvalho.
Imagens geradas pelo Copilot.

Nenhum comentário:
Postar um comentário