quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Sombras, Ossos e Traição

 



Das sombras da noite desértica, esqueletos armados com espadas enferrujadas emergem, rangendo ossos como portas de túmulos se abrindo. O silêncio pesado é quebrado quando Kobta executa sua firula inspiradora — o corpo impossível se desdobra em reflexos e poses exageradas, cinco kobolds agindo como um só, preparando o terreno para o massacre.

Zanzertein imbui o chicote de Sir Finley com luz sagrada, fazendo o couro brilhar como um sol espectral, enquanto o tabrachi espalha cuidadosamente sua peçonha alquímica — fórmulas pensadas não para carne, mas para ossos.

Os mortos avançam.

Kobta responde primeiro: um disparo de bazuca ecoa pelo salão, ativando sua Sentinela Implacável. Um esqueleto é lançado para trás como um boneco quebrado, ossos se espalhando pelo chão em estilhaços secos.

Antes que o combate escale, Anastacia estende sua vontade necromântica. Com palavras carregadas de poder sombrio, ela domina dois esqueletos, que cessam o ataque imediatamente e assumem posição de guarda, obedientes como cães ossudos.

O restante da horda não hesita.

Sir Finley avança, ativa sua tatuagem de concentração e chicoteia com precisão cirúrgica. Mesmo imunes a venenos comuns, os esqueletos estremecem — o tabrachi sabe exatamente onde a alquimia ainda dói, corroendo ligamentos arcanos que mantêm os mortos de pé.

Kobta alterna entre pistola e bacamarte, tiros precisos racham crânios, enquanto Zanzertein conjura Toque do Horizonte, elevando o potencial destrutivo das armas do ventanista.

Um a um, os esqueletos tombam.

Então, o chão treme.

Das profundezas da terra, uma Falange emerge, seguida por outra surgindo da parede oposta — construtos de ossos compactados, marchando como máquinas funerárias. Anastacia responde com Erupção Glacial, estacas de gelo rasgando o chão e derrubando uma das falanges, ossos congelados rangendo sob o peso do frio arcano.

Glomer entra em ação, arremessando estalinhos de guri. As explosões alquímicas fazem ossos voarem, fragmentos ricocheteando pelas paredes.

Zanzertein acelera Kobta com Velocidade e prende o campo de batalha com Teia, transformando o salão num emaranhado mortal. A falange tenta avançar — e é imediatamente empurrada de volta para a teia por mais um disparo brutal de Kobta, que a lança como um projétil de ossos.

No caos, um Selaco das Areias rompe o solo, investindo contra Kobta — mas atinge apenas um reflexo ilusório. Zanzertein reage rápido: Metamorfose. A criatura se contorce, encolhe… e vira um peixe inofensivo, debatendo-se no chão.

O silêncio dura um segundo.

Sir Finley assassina o peixe.

Um golpe perfeito. Um dano obsceno.

O peixe quase deixa de existir.

A falange restante tenta resistir, mas é dilacerada por explosões alquímicas, tiros de bacamarte e, por fim, aniquilada por um Miasma Mefítico conjurado por Anastacia, que dissolve a magia que a sustentava.

O Bulette, porém, resiste à metamorfose. Sua forma retorna em meio a uma aura cáustica, ácido queimando o ar. Kobta e Sir Finley se protegem, Anastacia permanece incorpórea. A criatura mergulha na areia, apenas para surgir novamente — e ser mais uma vez transformada em peixe.

Dessa vez, Glomer finca o florete, injetando alquimia diretamente na carne mutável.

Sir Finley finaliza.

O Bulette não volta.


A Traição Revelada

Horas depois, com as ruínas aparentemente seguras, Tell Vaziri e a professora Sheestella entram na sala, estudando os restos até o cair da noite.

Então, sem aviso…

Sheestella remove um cajado antigo da parede. Ele brilha em verde doentio.

Num piscar de olhos, ela teleporta para trás de Tell Vaziri e o atravessa com o cajado.

Morte instantânea.

Ela remove a máscara.

Uma Nagah.

Zanzertein empalidece. Ele sente a aura esmagadora do artefato — não é apenas um objeto sagrado.

É parte do corpo de um deus.


O Olho de Sszzaas.


Sheestella tenta dominar o poder… e falha.

O artefato se volta contra ela.

Um globo esverdeado a envolve. O Olho flutua sobre sua cabeça, ácido começa a pingar, queimando sua carne escamosa. A Nagah grita enquanto derrete, corpo se deformando, inflando, até se tornar uma bolha pulsante de veneno e ácido, respingando morte ao redor.

O chão sibila.

O ar queima os pulmões.

Um novo combate épico está prestes a começar.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas pelo Copilot. 

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