No horizonte, erguia-se um castelo magnífico, como um trono esculpido para desafiar os céus. À sua frente, surge uma figura sagrada: um sacerdote de Thyatis, envolto em mantos brancos e dourados que ardiam com chamas divinas e símbolos de fênix. Seus olhos proféticos pareciam atravessar almas — não julgando, mas prevendo.
Suas palavras nos alcançam como brasa e consolo:
“Estamos em Tyros… e os olhos das divindades estão sobre vocês. Perseverem, e renascerão em glória.”
Sentimos uma força sagrada reforçar nosso espírito — como se cada fé ali fosse reconhecida e posta à prova sob o olhar dos deuses.
Fomos conduzidos ao coração do castelo de Thalliathos.
O salão de jantar mais parecia um templo arcano dedicado à supremacia dracônica:
Tapeçarias carmesim bordadas em ouro formando escamas vivas
Um lustre em forma de garra monstruosa segurando um rubi pulsante.
Estantes repletas de tomos proibidos, reagentes alquímicos e escamas verdadeiras.
Faíscas mágicas no ar, como ecos de rituais que jamais cessam.
O ar tinha cheiro de incenso e enxofre — poder e obsessão misturados.
Então ele entrou.
Thalliathos.
Meio-dragão. Meio-homem. Cem por cento ambição.
Escamas vermelhas e negras, olhos de tirano arcano, um rubi vivo cravado ao peito, pulsando com magia e destino. À sua sombra, seu guia espiritual — Varzokh, o clérigo de Megalokk, marcado em carne e espírito pela devoção aos monstros.
A tensão ruiu quando Schaven tomou a palavra:
“Vim cobrar os tributos. Ou pagará com a vida.”
Thalliathos sorriu com gelo e fogo nos olhos:
“Então será com a vida. E não a minha.”
As cadeiras arrastaram. O ar vibrou. O banquete tornou-se campo de batalha
Gyodai, tomado pelo sussurro da Tormenta, perde-se em visões. Anastacia o desperta — e naquele instante, o próprio Aharadak invade sua mente, sua voz como trovão engolido por carne:
“Sou o Deus da Tormenta. Não apenas use meu poder. Reverencie-me.”
O dom divino se derrama. Gyodai desperta — com fome de combate e diz que oferece esses inimigos como vitimas de Aharadak.
Sombras tomam parte do salão pela magia de Anastacia, cegando Varzokh. O chicote de Sir Finley pinga toxinas e esporos mortais; seu frasco alquímico explode contra o clérigo, paralisando-o.
Thalliathos ergue as mãos para conjurar — mas Anastacia rasga sua magia antes de nascer.
Então, o príncipe ruge um nome proibido:
“Edauros — me conceda o Talho Invisível!”
Um corte invisível atravessa o salão.
Glomer cambaleia, ossos expostos quase rompendo. Gyodai e Anastacia levantam campos de força. Finley esquiva como uma flecha de carne. Kobta, do outro lado da mesa, emerge já com sorrisos e pólvora.
Três pistolas, três braços, três disparos.
O cajado de Varzokh flutua, interceptando, e o sangue do clérigo jorra em sacrifício involuntário.
Glomer ergue sua engenhoca defensiva — engrenagens, luz arcana e coragem mecânica.
Varzokh tenta curar, mas Anastacia responde com trevas e velocidade: Gyodai torna-se meteoro de carne e Tormenta.
Ele rasga sua própria realidade, conjura Transformação em Guerra, asas de barata surgem como blasfêmia e ele investe.
Golpe após golpe — mas o dano se desvia, caindo sobre Varzokh, o receptáculo devoto.
Sir Finley chuta o destino: venenos raros, cogumelos assassinos, um golpe furtivo e uma lambida mortal. Carne rasgada, veneno infiltrado — e Varzokh cambaleia, prisioneiro do próprio dogma.
Thalliathos tenta subjugar Gyodai com amendontrar — mas novamente Anastacia corta o destino com contramágica afiada como ódio.
Kobta, invisível, dispara — e o sangue continua a cair do clérigo.
Glomer responde com fogo, óleo e engenho — explosões iluminam o salão.
Quando a fumaça se dissipa, Varzokh ergue o rosto ensanguentado, sorriso de fanático quebrado:
“O ritual… está pronto…”
E então cai morto.
...
...
O rubi no peito de Thalliathos pulsa como coração divino.
Rachaduras rubras.
Luz infernal.
Um grito que é fome, magia e legado.
O rubi se rompe.
O ar treme.
Carne e escamas se fundem, ossos se alongam, asas se rompem em labaredas.
Diante de nós, ergue-se não mais um príncipe.
Mas um Dragão Vermelho.
Gigantesco.
Colérico.
Coroado pela monstruosidade de Megalokk e pela ambição.
O combate… está longe de terminar...
Texto por Roberto Oliveira.
Revisão por Leandro Carvalho.
Imagem gerada por IA pelo Copilot, prompt pelo Claude.








