segunda-feira, 3 de novembro de 2025

O Banquete da Queda



No horizonte, erguia-se um castelo magnífico, como um trono esculpido para desafiar os céus. À sua frente, surge uma figura sagrada: um sacerdote de Thyatis, envolto em mantos brancos e dourados que ardiam com chamas divinas e símbolos de fênix. Seus olhos proféticos pareciam atravessar almas — não julgando, mas prevendo.

Suas palavras nos alcançam como brasa e consolo:

“Estamos em Tyros… e os olhos das divindades estão sobre vocês. Perseverem, e renascerão em glória.”

Sentimos uma força sagrada reforçar nosso espírito — como se cada fé ali fosse reconhecida e posta à prova sob o olhar dos deuses.


Fomos conduzidos ao coração do castelo de Thalliathos.

O salão de jantar mais parecia um templo arcano dedicado à supremacia dracônica:

Tapeçarias carmesim bordadas em ouro formando escamas vivas

Um lustre em forma de garra monstruosa segurando um rubi pulsante.

Estantes repletas de tomos proibidos, reagentes alquímicos e escamas verdadeiras.

Faíscas mágicas no ar, como ecos de rituais que jamais cessam.

O ar tinha cheiro de incenso e enxofre — poder e obsessão misturados.

Então ele entrou.

Thalliathos.

Meio-dragão. Meio-homem. Cem por cento ambição.

Escamas vermelhas e negras, olhos de tirano arcano, um rubi vivo cravado ao peito, pulsando com magia e destino. À sua sombra, seu guia espiritual — Varzokh, o clérigo de Megalokk, marcado em carne e espírito pela devoção aos monstros.

A tensão ruiu quando Schaven tomou a palavra:

“Vim cobrar os tributos. Ou pagará com a vida.”

Thalliathos sorriu com gelo e fogo nos olhos:

“Então será com a vida. E não a minha.”

As cadeiras arrastaram. O ar vibrou. O banquete tornou-se campo de batalha

Gyodai, tomado pelo sussurro da Tormenta, perde-se em visões. Anastacia o desperta — e naquele instante, o próprio Aharadak invade sua mente, sua voz como trovão engolido por carne:

“Sou o Deus da Tormenta. Não apenas use meu poder. Reverencie-me.”

O dom divino se derrama. Gyodai desperta — com fome de combate e diz que oferece esses inimigos como vitimas de Aharadak.

Sombras tomam parte do salão pela magia de Anastacia, cegando Varzokh. O chicote de Sir Finley pinga toxinas e esporos mortais; seu frasco alquímico explode contra o clérigo, paralisando-o.

Thalliathos ergue as mãos para conjurar — mas Anastacia rasga sua magia antes de nascer.

Então, o príncipe ruge um nome proibido:

“Edauros — me conceda o Talho Invisível!”

Um corte invisível atravessa o salão.

Glomer cambaleia, ossos expostos quase rompendo. Gyodai e Anastacia levantam campos de força. Finley esquiva como uma flecha de carne. Kobta, do outro lado da mesa, emerge já com sorrisos e pólvora.

Três pistolas, três braços, três disparos.

O cajado de Varzokh flutua, interceptando, e o sangue do clérigo jorra em sacrifício involuntário.

Glomer ergue sua engenhoca defensiva — engrenagens, luz arcana e coragem mecânica.

Varzokh tenta curar, mas Anastacia responde com trevas e velocidade: Gyodai torna-se meteoro de carne e Tormenta.

Ele rasga sua própria realidade, conjura Transformação em Guerra, asas de barata surgem como blasfêmia e ele investe.

Golpe após golpe — mas o dano se desvia, caindo sobre Varzokh, o receptáculo devoto.

Sir Finley chuta o destino: venenos raros, cogumelos assassinos, um golpe furtivo e uma lambida mortal. Carne rasgada, veneno infiltrado — e Varzokh cambaleia, prisioneiro do próprio dogma.

Thalliathos tenta subjugar Gyodai com amendontrar — mas novamente Anastacia corta o destino com contramágica afiada como ódio.

Kobta, invisível, dispara — e o sangue continua a cair do clérigo.

Glomer responde com fogo, óleo e engenho — explosões iluminam o salão.

Quando a fumaça se dissipa, Varzokh ergue o rosto ensanguentado, sorriso de fanático quebrado:

“O ritual… está pronto…”

E então cai morto.

...

...

O rubi no peito de Thalliathos pulsa como coração divino.

Rachaduras rubras.

Luz infernal.

Um grito que é fome, magia e legado.

O rubi se rompe.

O ar treme.

Carne e escamas se fundem, ossos se alongam, asas se rompem em labaredas.

Diante de nós, ergue-se não mais um príncipe.

Mas um Dragão Vermelho.

Gigantesco.

Colérico.

Coroado pela monstruosidade de Megalokk e pela ambição.

O combate… está longe de terminar...


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagem gerada por IA pelo Copilot, prompt pelo Claude.

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

🐉 As Serpes de Megalokk

 



As Serpes estavam diante de nós — sombras aladas recortando o horizonte abrasador, seus rugidos ecoando como trovões profanos. Gyodai permanecia imóvel por um instante, perdido nos devaneios da Tormenta, com os olhos tingidos de rubro e insanidade. O ar ao seu redor tremia.

Kobta — ou melhor, os Kobtas — se movem em perfeita sincronia. Um quinteto de sombras reptilianas, cada um empunhando uma pistola prateada. Ele engole uma poção de velocidade, e seu corpo parece dobrar o tempo ao redor. As vozes sussurram o mesmo feitiço, preparando uma firula inspiradora que mais parece um balé da morte. As pistolas disparam em sequência — PÁ! PÁ! PÁ! — e uma das Serpes ruge ao ser perfurada no ar, sua carne chamuscada por pólvora mágica.

De repente, o chão se rasga.

Surge Cerianthar, um monstro abissal com uma bocarra que mais parece um abismo vivo e tentáculos retorcidos como raízes infernais. Ele ataca Kobta com fúria, mas os kobolds ladinos se espalham como ecos. Um deles ergue o Escudo da Fé, e a explosão mística rebate os tentáculos, queimando-os com luz sagrada.



Outro Cerianthar emerge ao lado de Sir Finley, agarrando-o com um golpe que faz o ar escapar de seus pulmões. Um dos tentáculos crava na perna direita do tabrachi, rasgando carne e deixando um rastro de sangue escuro e escaldante. Finley, mesmo contorcendo-se de dor, reage — a língua dispara como um chicote vivo, perfurando o olho do monstro e espalhando um líquido espesso e fétido.

Enquanto isso, Anastásia ergue seu tomo necromântico, e o ar muda. Uma onda fria percorre o campo de batalha. Com um gesto, ela lança Amendontrar — e o medo se espalha como uma doença. As Serpes hesitam, tremendo sob o poder da necromante. Logo, uma névoa espessa envolve o grupo, ocultando aliados e confundindo os inimigos.

As Serpes atacam.

Uma delas crava o ferrão em Finley — o veneno escorre, mas o tabrachi range os dentes e resiste. Kobta gira entre disparos e fumaça. As balas mágicas cortam as asas de uma Serpe, e ela despenca em meio a gritos estridentes.

Glomer, sempre imprevisível, arremessa uma de suas bombas artesanais. A explosão consome uma das Serpes, que cai ardendo em chamas verdes.

Do alto, surge uma nova presença.

Uma Serpe Anciã — enorme, majestosa e hedionda. Suas escamas brilham com luz corrosiva, e seus olhos revelam a mente fria de uma fera criada por Megalokk.

Gyodai desperta.

O lefou rosna, as veias rubras pulsando com energia da Tormenta. Ele salta dimensionalmente, surgindo ao lado de Sir Finley e o arrastando para longe dos tentáculos do Cerianthar. Um campo de força se ergue, faiscando contra os golpes grotescos.

Kobta, sem hesitar, gira suas pistolas e dispara seu ataque especial. Três tiros ecoam em harmonia — um em cada coração que a Serpe possuía. O monstro se contorce e desaba.

Mas o campo de batalha continua vivo.

Tentáculos golpeiam, fogo cai do céu, e a névoa brilha com energia necromântica.

Finley, com a perna ferida, avança mancando e acerta o Cerianthar com um golpe preciso de seu chicote envenenado, quebrando um dos tentáculos.

Anastásia conjura Mente Divina em Massa, e a clareza invade nossas mentes. Em seguida, o Manto das Sombras cobre a conjuradora, a em silhuetas etéreas.

As Serpes rugem, despejando ácido sobre nós. Kobta salta e rola, escapando com a leveza de uma folha. As gotas que tocam o chão fumegam e derretem a pedra.

Gyodai, em fúria, ativa Velocidade e Armamento da Natureza. Seus múltiplos braços se movem como lâminas carmesim, golpeando o Cerianthar até atordoá-lo, rasgando-lhe a bocarra em duas.

Kobta dispara outra sequência — três tiros precisos, e mais uma Serpe despenca, quebrando as asas em queda.

Finley finaliza o Cerianthar atordoado com um estalo de chicote que o corta ao meio.

Então, a Serpe Anciã avança.

Anastásia ergue sua varinha e conjura Metamorfose. Num lampejo grotesco, a fera se retorce e se transforma — penas negras surgem onde havia escamas. Uma galinha preta gigante cacareja em desespero.

Outra Serpe é cegada pela Escuridão e ataca às cegas, errando Glomer por um fio.

Gyodai agarra a “galinha anciã”, e seus golpes caem como martelos, quebrando ossos, esmagando asas, e tingindo o chão de sangue. Kobta dispara, Sir Finley chicoteia com crueldade, e Anastásia invoca um Miasma Mefítico que apodrece o ar.

Com um último golpe, Gyodai derruba a galinha anciã inconsciente.

Kobta dispara uma última salva de tiros, e Sir Finley finaliza a Serpe restante com uma chicotada que ecoa como um trovão. Silêncio.



Mas o silêncio não dura.

A galinha anciã começa a brilhar, deformando-se de volta à sua forma dracônica. Com um rugido que sacode o solo, ela se liberta e voa aos céus, como se retornasse à vontade de Megalokk.

Uma luz brilha sobre nós — não de bênção, mas de recompensa brutal. A energia da fera se dispersa, restaurando nossa força e mana. Uma dádiva involuntária do deus dos monstros.

Enquanto removemos o veneno das feridas, Gyodai se aproxima de Schaven, observando-o de longe, mas com voz firme:

“Que tipo de habilidaddes tem o seu irmão, o barão de Tyros?”

Schaven o encara com um meio-sorriso.

“Um estudioso. Mas… um estudioso do tipo perigoso. Um arcanista muito dedicado.”

Gyodai fecha o punho, e as runas rubras brilham sob sua pele.

A próxima batalha — uma guerra de feitiços e poder arcano — já se anuncia no horizonte.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas por IA por Rafael Soares. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Estrada das Crias de Megalokk

 



Seguimos pela estrada poeirenta rumo ao feudo de Tyros, sob o sol impiedoso de Sckarshantallas. O vento seco carregava o cheiro de ferro e enxofre — um presságio. As terras pareciam amaldiçoadas, pois a cada milha, novas crias de Megalokk, o Deus dos Monstros, emergiam do nada. Nenhum de nós cogitou recuar. A estrada era um campo de provação, e nós, os Cobra Véia, a lâmina que resistia ao caos.

O chão estremeceu. Do pó, ergueram-se os Oxxdon — aberrações de escamas e quitina, parte lagarto, parte gafanhoto, com antenas faiscantes e caudas bifurcadas que zumbiam com energia elétrica.

Gyodai avançou primeiro. Um rosnado gutural ecoou em sua garganta enquanto conjurava Névoa da Tormenta, obscurecendo o campo e confundindo os inimigos. Seu corpo pulsava com energia viva — a tatuagem de Armamento da Natureza brilhou como lava sob a pele. Um dos Oxxdon investiu contra ele, mas o lefou ergueu um escudo arcano que crepitou sob o impacto.

Sir Finley, com frieza de assassino, embebeu seu chicote em Peçonha Concentrada e essência de sombra. O som do couro cortando o ar foi seguido por um estalo seco — o golpe certeiro atingiu um ponto vital, e o monstro contorceu-se em dor enquanto sangue elétrico jorrava, faiscando no chão.

A resposta foi brutal: uma onda eletromagnética se espalhou em todas as direções. O ar cheirava a ozônio e carne queimada. Gyodai se protegeu com um novo campo de força, enquanto as faíscas carbonizavam o solo à sua volta.

Tomado pela fúria da Tormenta, Gyodai ativou Empunhadura Rubra e Visco Rubro. Suas veias brilharam em vermelho incandescente, e seus múltiplos braços se moveram em um frenesi impossível. O lefou lançou Concentração em Combate, depois Punho de Mitral — seu punho brilhou como aço vivo ao atravessar a carapaça do Oxxdon. O impacto fez a criatura tremer, cuspir sangue negro e cair em pedaços fumegantes. A manopla de Gyodai se desintegrou sob o esforço, reduzida a cinzas.

Kobta entrou na dança, disparando suas três pistolas em sequência. Cada tiro era uma nota em uma sinfonia de destruição. As balas perfuraram o abdômen do Oxxdon restante, arrancando-lhe jorros de líquido ácido.

Sir Finley continuou seu massacre, girando o chicote envenenado como uma serpente faminta. Ao lado dele, Gyodai conjurou mais uma vez o Punho de Mitral, enquanto o chão vibrava com a energia pulsante das ondas eletromagnéticas. O lefou riu, desprezando a realidade, ignorando o próprio sofrimento e o caos à sua volta.

Kobta manteve-se à distância, disparando metodicamente para evitar o campo elétrico. Quando uma descarga se aproximou, ergueu o Escudo da Fé, protegendo Gyodai em um lampejo de luz divina.

Sir Finley não hesitou — seu golpe Assassinar atingiu o pescoço de outro Oxxdon, arrancando-lhe a vida num espasmo convulsivo. O corpo caiu, e logo quatro novas criaturas emergiram do solo rachado, acompanhadas de um colosso: o Oxxdon Alfa, reluzindo como uma estátua viva de ferro e relâmpago.

Mas Anastásia interveio. Seus olhos brilharam com magia necromântica, e com um gesto frio ela lançou Metamorfose — o gigante tremeu, gritou... e diante de nós, restou uma ovelha. Uma ovelha monstruosa, desorientada, inofensiva em seu desespero.

Gyodai não perdeu tempo. Avançou como um furacão de membros e socos, esmagando ossos e carne. O chão se tingiu de sangue e peles carbonizadas. Kobta aproveitou a brecha, disparando contra os demais Oxxdon, enquanto Sir Finley chicoteou a pobre criatura transformada, o chicote doutrinador estalando com precisão cirúrgica. O golpe final arrancou-lhe um último grunhido de dor antes que o corpo tombasse inerte.

Anastásia ergueu as mãos novamente — Infligir Ferimentos — e a última criatura caiu, seu corpo retorcido e consumido por trevas.

O silêncio se fez. O cheiro de ozônio e carne queimada tomava o ar. Recuperamos as forças com poções, essências de mana e o viscoso muco revigorante de Gyodai. As feridas se fecharam com dor, as bolhas de queimadura ainda latejando.

Seguimos adiante, cambaleantes mas determinados. Ao longe, o horizonte tremeu — asas. As próximas crias de Megalokk se aproximavam. As Serpes haviam nos encontrado.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas por IA por Rafael Soares. 

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Chamas de Uraghian




Sem conseguir a atenção dos nobres de Sckarshantallas — graças às interferências da maldita capitã Alurra — os Cobra Véia voltaram seus olhos a outra oportunidade. Um acordo foi fechado com Schaven: eles cobrariam as dívidas de Thalliathos, barão de Tyros e irmão do contratante. Missão aceita, marcharam por terras áridas e hostis, até que o chão começou a tremer. Das fendas rochosas, emergiram as abominações conhecidas como Uraghian, crias monstruosas de Megalokk, tão grandes quanto casas e com traseiros flamejantes que exalavam morte.

Anastásia ergueu sua névoa protetora como um véu sombrio sobre o grupo. Kobta, com um sorriso insano, puxou suas três novas pistolas e abriu fogo em sequência. O estampido ecoou no deserto e as balas trespassaram o exoesqueleto da formiga titânica, jorrando um fluido verde e quente no chão rachado.

Gyodai, envolto por energia rubra da Tormenta, concentrou seu poder em um único golpe — o Punho de Mitral — que cintilou como uma lâmina viva, pronto para dilacerar qualquer coisa em seu caminho.

A resposta veio em forma de inferno. O Uraghian ergueu o corpo colossal e, com um movimento grotesco, apontou o abdômen incandescente diretamente para os heróis. Um jato de fogo abrasador explodiu, engolindo o campo de batalha em um mar de chamas. Gyodai e Anastásia ergueram barreiras mágicas no último segundo; Finley e Kobta rolaram pelo chão para escapar do fogo, sentindo o calor arrancar-lhes a pele em bolhas ardentes. Glomer não teve tanta sorte — o fogo lambendo-lhe o flanco e deixando carne chamuscada e ossos à mostra.

Em resposta, Glomer, tomado pela dor, puxou suas bombas com mãos trêmulas e as lançou aos gritos. As explosões sacudiram a criatura, espalhando pedaços incandescentes de seu corpo no ar.

Sir Finley, com a frieza de um carrasco, mergulhou sua lâmina em essência sombria, bebeu uma poção de duplicação ilusória e começou a estudar os movimentos do inimigo, cada passo calculado para o golpe fatal.

Anastásia tentou transformar a fera com magia profana, mas a monstruosidade resistiu com pura força bruta. Kobta voltou ao ataque — tiros rasgaram o ar e perfuraram o abdômen flamejante — até que o Uraghian explodiu em várias aberrações menores, todas ardendo em fúria.

Gyodai, tomado por uma fúria primordial, invocou velocidade sobrenatural e, com seus múltiplos membros, esmagou o crânio de uma das criaturas, espalhando carapaça e sangue fervente ao redor.

As demais se fundiram novamente em um único bando colossal. O jato de fogo seguinte varreu o campo. Finley escapou por um triz, Kobta desviou com maestria — ainda que as chamas lhe arrancassem pedaços de couro —, e Glomer gritou de agonia ao sentir os ossos crepitarem sob o calor.

Sir Finley respondeu com um chicote cruel e uma estocada de língua que perfurou o corpo do monstro. Anastásia ergueu um manto de escuridão que engoliu a arena, dificultando os movimentos do inimigo. Kobta engoliu uma poção e sentiu a carne se recompor em meio ao cheiro nauseante de queimado.

Então, Gyodai invocou o poder da Tormenta e usou Desprezar a Realidade — movendo-se entre os planos como uma sombra viva. Seus golpes múltiplos cortaram o ar e rasgaram a carne da criatura, que tentou contra-atacar... mas só acertou o vazio. O fogo voltou a jorrar, chamuscando o grupo inteiro e deixando a pele de todos marcada por feridas abertas e bolhas fumegantes.

Glomer retaliou com ácido, derretendo parte de abdômen flamejantes. Finley chicoteou as feridas abertas, arrancando guinchos das critaturas. Kobta disparou rajadas incessantes com suas pistolas, abrindo crateras fumegantes nas carapaças.

Por fim, o bando de Uraghian soltou um grito horrendo — e explodiu em um mar de sangue fervente e fragmentos carbonizados. A poeira assentou, e o silêncio se fez.

Cobertos de cinzas e queimaduras, os heróis cambalearam. Gyodai estendeu suas mãos deformadas e liberou sua Secreção Cicatrizante — uma cura grotesca e viscosa que fechou feridas ao custo de ânsias violentas. Os Cobra Véia cuspiram bile e sangue… mas estavam vivos. E, naquele deserto queimado, sua vitória era absoluta.


Nota: a criatura expele um jato corrosivo pela boca e não por outras partes do corpo.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas pelo Copilot.

terça-feira, 30 de setembro de 2025

O Dia do Tributo




O grupo chegou a Gallistryx, capital de Sckharshantallas, o Reino do Dragão de Fogo. A cidade impressiona com sua arquitetura grandiosa em pedra vulcânica, toda dedicada ao soberano: esculturas dracônicas adornam os prédios públicos, enquanto comerciantes vendem estatuetas e artefatos temáticos. Sob um céu coberto de fuligem que tinge tudo de cinza-avermelhado, os habitantes vestem vermelho com orgulho e formam longas filas para entregar oferendas ao rei.

Vindos de Tyros — feudo protegido pela imponente Muralha e acostumado a conviver com monstros há gerações — os aventureiros descobriram que a entrada aérea no reino é proibida pela guarda de Sckhar, sendo necessário atravessar as fronteiras por terra.

Apresentando a Tiara de Beluhga como credencial, o grupo conquistou um convite para o jantar real. Durante três horas de festividades, os heróis causaram boa impressão na elite do reino, mas o destaque foi todo para a Capitã Alurra, que recebeu a graça especial do Dragão-Rei antes mesmo da festa.

Agora, o desafio é convencer algum aristocrata local a apoiar o plano de ativar o artefato Parvatar. 



Texto e revisão por Leandro Carvalho. 

Ferramenta utilizada, Claude IA.

Imagens geradas pelo Copilot.


quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Revoada de Serpes



Gyodai era um turbilhão de emoções — alegria, ódio e confusão se misturavam ao rever seu verdadeiro mentor: Anastásia. O disfarce de Piatagóras havia caído, revelando a necromante em toda sua glória macabra. As memórias enevoadas pela tormenta não o deixavam distinguir o passado do presente, mas uma coisa era clara: os Puristas haviam corrompido sua mestra, e por isso ele desejava sangue e vingança.

Glomer, após longo hiato e ocupar seu tempo em suas engenhocas, se coloca à disposição para viajar para Sckarshantallas.

Gyodai tentou barganhar com Raisenzan, sugerindo que, com a recompensa certa, poderia ocultar o fato de a tiara ter vindo do próprio dragão. Raisenzan, porém, riu com desdém e recusou, afirmando que não se importava se dissessem que ele a havia encontrado, contrariando o que ele disse mais cedo, que é um dragão muito jovem para morrer e não pode se apresentar em Sckarshantallas. Enfim... O dragão revelou ainda que vários artefatos da deusa Beluhga estavam espalhados por Arton. Diante disso, Gyodai declarou que marcharia para Sckarshantallas com coragem, disposto a provar seu valor. Agora, com Anastásia ao seu lado, sua determinação ardia ainda mais forte.

*Kobta conversa entre os kobolds para traçar suas próximas estratégias e revezam entre si, quem vai ficar por cima, quem fica por baixo, quem vai ser o braço que balança a espada... Entre olhares cúmplices e cutucões, cochichos, risadinhas eles completavam seu rodízio, digno da astúcia de seu povo*

Sir Finley eleva sua voz e diz que ele irá para o reino do dragão com eles. Carregando consigo diversos igredientes como ovos de Cocatriz, Anástácia consola seu filho Gyodai e diz que agora eles juntos são invencíveis. Ela mostra suas novas habilidades e como necromante, conjura servos mortas-vivos para seus aliados.

Quando o grupo chega às terras abrasadoras de Tyros, o sol de Azgher castiga todos, queimando suas forças e derretendo sua esperança. É então que a sombra toma o céu: uma revoada de Serpes — wyverns de escamas negras e ferrões venenosos — mergulha em direção ao grupo, liderada por dois ginetes armados até os dentes. O chão treme com o bater de asas. O cheiro de veneno e carne podre se espalha no ar.


*A batalha começa.*


Os Serpes mergulham como lanças vivas, e Sir Finley é o primeiro a sentir o impacto: presas se cravam em sua carne, rasgando sua pele e deixando-o ensanguentado. Ele é erguido no ar, debatendo-se como uma presa prestes a ser devorada. A cada ferrão que o atravessa, sua pele adquire tons de roxo, o veneno queimando suas veias por dentro.

Kobta se disfarça em ilusões espelhadas, dezenas de cópias rodopiando em meio à poeira e ao calor, confundindo os inimigos. Mas seu truque não o impede de sentir o cheiro ferroso do sangue de Finley escorrendo no chão.

Gyodai, após ficar perdido nos devaneios da tormenta, desperta em fúria. Seus olhos brilham com o poder caótico e seus membros se alongam grotescamente, como garras de um pesadelo vivo. Ele agarra os ginetes montados nos Serpes e os esmaga contra o ar, ossos estalando sob sua força desumana. *“Desprezar a Realidade”*, ele sibila, enquanto a tormenta se contorce ao seu redor como um manto de caos.

Anastásia ergue as mãos e uma névoa sufocante envolve a batalha. Sob seu comando, os mortos se erguem em meio às areias ardentes. Ossadas rangem, crânios flutuam, e o medo se espalha entre as feras aladas. Com uma voz gélida, ela lança *Amendrontar* — e até os Serpes, monstros predadores de sangue, recuam em terror.

Mas a revoada ainda ataca Sir Finley com selvageria, cravejando seu corpo de ferrões venenosos. *O homem-sapo urra de dor, escorrendo baba misturada a sangue, lutando para não ser rasgado em pedaços.*

Então, Kobta e Gyodai unem forças em um golpe devastador. *Kobta imitando o antigo aliado Travok cria um onda cortante de energia atravessa o céu através de seu ataque especial, dilacerando as asas de várias feras.* Sangue negro cai como chuva quente. Gyodai se lança sobre a revoada, braços múltiplos esmagando crânios e rasgando asas em pedaços*

Sir Finley, à beira da morte, reúne suas últimas forças. *Com um giro desesperado, ele escapa e ataca com seu chicote envenenado em mãos e língua disparada como uma lança, ele acerta um dos ginetes no pescoço, atingindo-lhe num estalo grotesco. Gyodai finaliza com seu Punho de Mitral, ossos e sangue explodindo em uma chuva carmesim.*

O último ginete tenta fugir, bem debilitado após o golpe de Kobta, mas Anastásia não permite: um Crânio Voador o atinge em cheio, seguido do miasma pútrito sem piedade que devora sua carne até que cai inerte ao chão.

A revoada foge com medo pois seus mestres haviam caído.

Por fim, o silêncio retorna. O ar cheira a carne queimada, veneno e morte. Gyodai e Sir Finley extraem dos cadáveres o precioso veneno das criaturas, enquanto Kobta limpa o suor e Anastásia absorve a energia necromântica dos corpos ainda quentes.

O grupo, exausto, procura abrigo sob o sol escaldante, carregando nos olhos o reflexo de uma batalha selvagem onde a vida esteve por um fio — e o sangue jorrou como chuva sobre Tyros.


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagem gerada por IA pela MetaIA. 

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Raagorans Famintos

 


Das sombras da mata surgem os Raagorans, dinossauros famintos e de olhar assassino.

Beleg ergue o arco e dispara uma flecha certeira. O projétil perfura o olho de um dos monstros e atravessa até o cérebro, fazendo jorrar sangue quente pelo focinho escamoso.

Gyodai, impulsionado por asas grotescas, voa até as criaturas. Com a magia da velocidade pulsando em seus músculos, estende seus múltiplos braços e agarra os dois dinossauros, esmagando costelas sob a pressão titânica.

Jalin ergue a voz em uma apresentação brutal, incitando coragem e fúria em seus aliados.

Kobta gira sua arma em um espetáculo hipnótico, ergue espelhos ilusórios de si mesmo e invoca o Escudo da Fé sobre Gyodai.

Bolgg, a encarnação da fúria, finca sua espada executora contra o peito de um Raagoran, rasgando carne e expondo vísceras em um corte profundo.

Os dinossauros urram em desespero, tentando se libertar de Gyodai, mas falham. Um deles morde o guerreiro alado, rasgando apenas a superfície de sua pele — a magia de Kobta segura o impacto.

Beleg dispara mais flechas. Uma delas atravessa a garganta de um Raagoran, dilacerando a traqueia, mas outra, perdida no caos, crava no ombro de Gyodai.

Furioso, Gyodai explode em um soco remoto que quebra ossos e espalha sangue em um arco grotesco. Ainda assim, sua pressa abre uma brecha, e ele é forçado a erguer seu escudo arcano, reforçado pela fé de Kobta.

Jalin lança uma adaga mental que invade a mente de um dos répteis, deixando-o atordoado e babando espuma carmesim.

Kobta, em um salto giratório, finca sua lâmina no ponto fraco do pescoço da fera. O golpe atravessa a coluna vertebral e o Raagoran desaba morto, cuspindo jorros de sangue.

Bolgg avança como uma besta indomada, rasgando o flanco do outro dinossauro com sua espada — a lâmina arranca músculos e expõe o coração ainda pulsante.

Ensanguentado e debilitado, o Raagoran apenas aguarda a morte. Gyodai o despedaça com múltiplos socos, quebrando ossos em poeira. Beleg finca mais uma flecha que atravessa o abdômen da criatura, espalhando entranhas no chão. Jalin, sem hesitar, dispara sua pistola. O primeiro tiro explode parte da mandíbula do monstro. O segundo atravessa o crânio e espalha massa encefálica pelo campo.

O silêncio pesa. O grupo encontra uma macieira, e após o banquete de sangue, recupera forças para a próxima batalha.


O Grande Batham


Em campo aberto surge o colossal Batham, um brontossauro titânico.

Jalin ergue sua apresentação impactante, enquanto Gyodai, tomado por devaneios da tormenta, se prepara para o massacre.

Beleg some entre as sombras, enquanto Kobta evoca seus reflexos ilusórios.

A cauda monstruosa do Batham chicoteia o ar. Um golpe atravessa um reflexo de Kobta, outro é aparado pelos chifres de Jalin. Bolgg resiste com seu bloqueio brutal, e Gyodai ergue um campo de força para conter a fúria.

Jalin, com sede de vingança, dispara dois tiros contra a besta. Um abre um buraco sangrento na coxa do Batham, o outro estilhaça escamas e cartilagens.

Gyodai ativa a tatuagem de Pitágoras e seus músculos se deformam em armas vivas. Ele avança, pronto para despedaçar.

Beleg, oculto, bebe uma poção de velocidade.

Kobta espera o momento certo para cravar sua lâmina.

O Batham avança e acerta Jalin com a cauda. O impacto é devastador — ossos quase se partem, mas a capa rasgada e o Escudo da Fé de Kobta salvam sua vida.

Enquanto isso, Beleg só pensa em saquear os ovos do colosso.

Bolgg bebe uma poção divina, e seus músculos se dilatam como cordas prestes a explodir. Ele marcha como um carrasco em direção ao monstro.

Jalin, em vingança, lança uma adaga mental que penetra o cérebro do Batham e o deixa cambaleante.

Gyodai, tomado pela fúria da tormenta, o atinge com múltiplos socos — cada impacto racha costelas e faz o sangue jorrar como cachoeiras rubras.

Beleg dispara flechas que atravessam as juntas, rasgando tendões e perfurando órgãos internos.

Kobta, disfarçado de elfo, desfere seu ataque especial — a lâmina atravessa o estômago do monstro, que cospe um rio de sangue e bile.

Bolgg, máquina de matar, finca sua espada executora nas entranhas e rasga de baixo a cima, expondo vísceras como uma oferenda.

Jalin apavora a criatura com sua aura e a lança sono, debilitando a grande criatura.

Gyodai, voando com suas asas de inseto, esmurra as têmporas do Batham em um golpe chamado Orelhão, que estoura seus tímpanos e espalha sangue pelos ouvidos da besta.

Beleg prepara a flecha final. A Flecha da Morte atravessa o crânio do Batham, e o gigante desaba em meio a uma explosão de ossos e sangue.

E então, Thrak’Zul se aproxima calmamente, finca as mãos no corpo ainda quente e arranca o fígado do Batham com um estalo grotesco. Oferece o órgão ensanguentado a Bolgg, que, em um ritual druídico, devora a oferenda e cresce ainda mais em poder.

O campo de batalha se cala, coberto de sangue, ossos partidos e carne dilacerada.

Sob a nuvem voadora, voltamos para Vectora. Nos apresentamos até Raisenzan e ele diz que devemos partir para Sckarshantallas após descansar um pouco, repor e adquirir novos equipamentos. Ele avisa que Vectora não entra no reino de Sckhar e que a parada mais próxima fica em Tyros, um dos feudos de Trebuck. Entrar voando no reino do Dragão é punido com a morte.

Raisenzan apresenta um novo integrante que gostaria de entrar para os serviços do Cobra Véia. É Pitagoras, pai de Gyodai, porém agora está em forma de uma elfa e se apresenta como Anastásia. Ela diz que sua mãe havia lhe disfarçado para que não corresse risco de morte. Mas Gyodai não sabia disso e acredita que o que fizeram com ela foi culpa dos puristas. 


Texto por Roberto Oliveira. 

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagem gerada pelo MetaIA.