domingo, 15 de junho de 2025

Para Sempre um Cobra-Véia: O adeus de Glomer

 



Chegamos ao Pântano dos Vermes no reino de Salistick. Após nos despedirmos de Vectora, Jalin, empunhando o apito dado pelo Dragão Raisenzan, convoca uma nuvem voadora, que nos guia à capital de Yuton. Lá, Jalin adquire um bacamarte de adamante, símbolo de sua crescente ferocidade.

Durante a jornada, ele revela um talento inesperado: mistura elixires alcoólicos como um verdadeiro alquimista de taverna, consumindo Sidra Ahleniense e liberando seu carisma em interações sociais com uma naturalidade quase mágica.

No coração do pântano, a tensão cresce. Zanzertein e Aric se preparam com magias: Contato Extraplanar, Resistência à Energia, Alterar Tamanho. Aric energiza o grupo com Primor Atlético; Zanzertein nos concede o dom do Voo. É então que Bolgg, sem aviso, começa a se debater – afogado por uma força invisível. Desmaia. Estávamos cercados. Os Afogados se aproximam: cadáveres inchaços, de pele esbranquiçada e fendas de onde jorram água pútrida e bolhas nauseantes.

Jalin, em um ato heroico, resgata uma poção de Suporte Ambiental do bolso de Aric e a administra em Bolgg. Enquanto inspira o grupo com palavras de coragem, Beleg marca um alvo e dispara uma flecha incadescente – quando atinge, a água em ebulição jorra das feridas abertas nos cadáveres.

Aric desfere um ataque fulminante com sua nova magia, Arma de Jade, seguido por um Surto Heroico. Ele dilacera um Afogado com sua esgrima da Presa da Serpente, abrindo seu tórax como um casulo prestes a eclodir.

Zanzertein conjura Desafio Corajoso, atraindo a fúria inimiga para Aric, e amplifica o poder de Beleg com Toque do Horizonte. Jalin quase sucumbe ao afogamento, mas uma intervenção divina o salva no último segundo – teria sido Inghlblhpholtsgt? Ou Szzass, sua divindade?

Enquanto os Afogados golpeiam Aric em frenesi, ele resiste estoicamente, como se sua alma já tivesse feito as pazes com a morte.


*_Então Bolgg desperta._*


Com olhos injetados de fúria e o machado na mão, ele ergue-se como uma tempestade encarnada. Em um rugido que rasga o ar, parte para o ataque. O primeiro golpe parte um Afogado ao meio, seus intestinos aquosos e pulmões encharcados explodem como frutas maduras sob pressão. O segundo inimigo tem a mandíbula triturada, e os rins, fígado e um coração deformado pela morte são lançados ao chão em um banho de fluidos escuros.

Aric, sem hesitar, finaliza os que lhe flanqueavam, explodindo os corpos e os espalhando em pedaços d’água.

Jalin nada até uma ilhota de fungos venenosos e dispara sua pistola – o som rasga a névoa e revela a presença de Capitães Afogados, Mortos-vivos que trazem mais mortos à batalha.

Zanzertein conjura sob Jalin o feitiço de nome Mais Klunc, dando-lhe músculos tensionados e feições brutais. Em seguida, realiza Transposição, trocando de lugar com Bolgg para que o bárbaro fique frente a frente com os Capitães afogados.

Aric continua cercado. Jalin, em fúria, ataca com a sua Presa da Serpente, perfurando a jugular de um capitão. Bolgg, com olhos vidrados e coração pulsando de raiva tribal, invoca seu totem ancestral e desce o machado com fúria de outro mundo: partes ósseas explodem, costelas são arremessadas como estilhaços e o estômago do morto-vivo é obliterado com um som viscoso e brutal.

Beleg, munido com Toque do Horizonte, atira flechas incandecentes, enquanto Zanzertein mostra para o seteiro, que um dia foi um arqueiro e por ações de Szzass perdeu este talento e lança Flechas de Luz. As flechas dos heróis atravessam os invocados como lanças sagradas, redimindo sua fé e mostrando que, mesmo sem a bênção de Szzass, sua flecha é o julgamento.

Os Capitães são abatidos um a um. Bolgg desfere mais golpes: colunas vertebrais são esmagadas, mandíbulas arrancadas, e vísceras liquefeitas espirram com cada balanço do machado. O chão encharca-se de um lodo escuro e fervente, resultado da mistura de magia, água morta e ira bárbara.

Continuamos, atravessando áreas traiçoeiras. Aric cai em areia movediça, mas é resgatado. Zanzertein lança vôo em Bolgg, que carrega em segurança Parvatar. Zanzertein teleporta o restante do grupo até uma área segura. 

Logo mais à frente, um riacho com água límpida. Há pegadas de grandes felinos Bolgg se lança nela, vê muita vida marinha ativa ali e encontra algumas garrafas com óleos mágicos. São feitiços de Escuridão e Físico Divino engarrafados.

Em uma clareira, encontramos uma horda imensa. Zanzertein prende as massas com teias enquanto Beleg dispara flechas incandescentes – mini explosões flamejantes rasgam o campo.

Então, Bolgg avança. Um gigante de quase cinco metros, envolto em fúria, suor e sangue. Seu machado desce com uma violência ancestral: torácicos são despedaçados, baços arremessados no ar, e crânios racham como cascas de noz sob o peso de um deus. A cada ataque, o sangue dos mortos parece ser absorvido por sua pele, alimentando algo profundo e sombrio.

De longe, em Vectora, Glomer – no silêncio de sua oficina – sente. Para de apertar parafusos. Seu peito pesa. Uma lágrima escorre de uma de suas órbitas. Algo dentro dele sabe: Bolgg está passando por algum perigo oculto.

Zanzertein lança a proteção divina de sua tatuagem sobre o bárbaro. Jalin, com sua gema de luz, cega os inimigos que ainda se debatem. As turbas avançam – uma alcança Bolgg. Mesmo atingido por múltiplos golpes, que teriam evaporado um homem comum, Bolgg resiste, sangrando e se mantendo em pé. Seu corpo range, seus pulmões queimam, mas ele continua.

Mesmo ofegante, mesmo com o olhar enevoado, ele encara o campo adiante – e vê mais corpos para fatiar.



Por algum motivo sempre que Zanzertein olhava para a espada executora de Bolgg, imagina ser um dos seus machados.


Texto por Roberto Oliveira.

Revisão por Leandro Carvalho. 

Imagens geradas pelo MetaIA. 

12 comentários:

  1. Só os honrados conseguem pronunciar o meu nome. Eu sou mais conhecido como a grande divindade anfíbia. Não fui eu que salvei esse homem bode hoje não. Mas se ele conseguir pronunciar o meu nome, posso abrir uma exceção.

    ResponderExcluir
  2. Cuidado nesta religião aí exceção é o C.. este aí está com intenções ruins...

    ResponderExcluir
  3. Zanzertein Karameikos16 de junho de 2025 às 21:15

    A executora é uma espada? Desculpa aí Bolgg, acho que passou da hora de eu usar óculos 👓

    ResponderExcluir
  4. Hace 400 años, en el oscuro Reino de Salistick, existía una espada conocida como Vördrak, la Espada Ejecutora. Forjada con el hierro negro de las cavernas de Narth, se decía que su filo jamás perdía el corte porque había sido templado en sangre de traidores. Con cada ejecución real, la hoja brillaba en rojo por unos segundos, como si absorbiera el alma del condenado.

    Vördrak pertenecía al verdugo real, un hombre sin nombre que llevaba una máscara de hueso y sólo hablaba con los muertos antes de cada ejecución. Decía que la espada susurraba. Y aquellos que escuchaban susurros… perdían la cordura.

    Durante el reinado del tirano Elhazar IV, Vördrak fue usada en cientos de ejecuciones públicas —nobles, plebeyos, incluso niños. Con cada corte, una sombra más espesa se extendía por las mazmorras del castillo. Hasta que, en una noche sin luna, el verdugo entró solo en la sala del trono y decapitó al propio rey sin pronunciar una palabra.

    Nadie lo volvió a ver.

    La espada fue encerrada en una cámara sellada con trece hechizos de olvido, oculta en las profundidades de la Fortaleza de los Ecos. Pero cuenta la leyenda que, cada siglo, la espada despierta —y comienza a llamar a un nuevo ejecutor.

    En los últimos días, los monjes del norte han reportado sueños con una voz de hierro clamando venganza. Y en el pueblo de Drohl, encontraron a un niño con marcas de espada en el cuello… pero vivo.

    Susurrando un solo nombre: Vördrak.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Zanzertein Karameikos20 de junho de 2025 às 21:30

      Qué historia tan increíble y magnífica. Espero que el Maestro ponga esta espada en nuestro camino y podamos aprender más sobre su historia. A me mi gustaría echarle un vistazo

      Excluir
    2. ¡Gracias por responder, Zanzertain!
      Me alegra que te haya gustado la historia de la espada.
      ¿Cuál es tu rol en el grupo? ¿Eres jugador o el maestro del juego?

      Excluir
  5. Parece que estão perdidos rodando em.circulos no pantano. Vai acabar os suprimentos antes de chegarem no alvo da missão.

    ResponderExcluir
  6. Bolgg está pagando pelos pecados do Glomer.

    ResponderExcluir
  7. RPG será sempre Mestre contra os jogadores. O mais cruel e temido dos deuses do panteão chama-se Mestre do jogo. Seu paladino fiel, é o puxa saco da mesa. Seu Sumo-Sacerdote consagra o choro dos jogadores e distribui o sangue deles ás taças dos inimigos.

    ResponderExcluir
  8. Nada ver essa magia do Klunc no ladino. Esse mago tá gagá

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Zanzertein Karameikos27 de junho de 2025 às 15:35

      Caro leitor e apreciador de nossa história. O alvo da magia "Mais Klunc" foi Jalin, que não possui nenhum nível de ladino. Ele é bardo bucaneiro.

      Continue acompanhando estes relatos para evitar cometer equívocos. Um abraço e boas leituras

      Excluir
  9. Venerável Fulton Sheen27 de junho de 2025 às 13:22

    A verdadeira fé incomoda, denúncia o pecado. Chama a conversão, não nos permite ficar parados, imóveis sem os Dons do Espírito Santo.

    ResponderExcluir